A “era Musk” já se faz sentir no Twitter. Pelo menos quando se trata do debate sobre seus serviços. Poucos dias depois de revelar que é o maior acionista da rede social, com 9,2% de participação, Elon Musk começa a sugerir grandes mudanças em um de seus serviços mais jovens: o Twitter Blue, uma assinatura paga lançada no ano passado e que dá acesso a determinados “recursos premium”, como desfazer tweets, alterar o ícone ou aplicar temas. No momento, como explica Twitterestá disponível apenas nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Através de seu próprio perfilMusk levantou ontem alguns modificações relevantes. Um dos principais afeta o preço. O gerente da Tesla sugeriu que os usuários pagassem cerca de dois dólares por mês —os detalhes da empresa que o preço da assinatura varia de região para região, mas a Reuters lista seu custo mensal em US$ 2,99 – e recebe uma marca de verificação.
“O preço provavelmente deve ser ~ 2 $/mês, mas você paga 12 meses adiantado e a conta não é sinalizada por 60 dias (cuidado com estornos de CC) e suspensa sem reembolso se usada para fraude/spam”, Musk escreveu: “Todo mundo que se inscrever no Twitter Blue (ou seja, paga US$ 3/mês) precisa obter uma marca de verificação de autenticação.”
“O Twitter está morrendo?”
Não é sua única proposta. O responsável pela Tesla e SpaceX, que há muito é uma das vozes mais populares no Twitter, mas agora viu como seu peso na rede ganha força graças ao seu portfólio de ações, sugeriu que os usuários do Twitter Blue possam pagar em local moeda ou dogecoin. Para mais velhos, criados proibição de publicidade em serviços premium.
O preço provavelmente deve ser ~ $ 2/mês, mas pago 12 meses adiantado e a conta não recebe marca de seleção por 60 dias (observe estornos de CC) e suspensa sem reembolso se usada para fraude/spam
— Elon Musk (@elonmusk) 10 de abril de 2022
no seu site O Twitter explica que os anúncios são peça-chave de suas finanças e aponta o “custo operacional” que significaria avançar nessa linha: “Queremos mantê-lo a um preço razoável”. Musk, no entanto, defende focar o debate em outro ponto: a independência da rede social. “O poder das corporações para ditar políticas aumenta muito se o Twitter depender do dinheiro da publicidade para sobreviver”, tuitou ele ontem, depois de pedir o fim dos anúncios no Blue.
Na última horsa Musk também puxou seu perfil, no qual acrescenta 81,2 milhões de seguidores, para lançar pesquisas tão curiosas quanto enormes. Em um ele propõe remover o w do twitter e em outro transformar a sede do Twitter em San Francisco em um abrigo para sem-teto. “Ninguém aparece de qualquer maneira”, diz ele. Eles não são os únicos comentários que agitaram as redes. Ontem compartilhou uma lista com as contas mais seguidas, um ranking liderado por Obama, Justin Bieber e Katy Perry, e lamentou que muitos deles quase não tenham atividade.
A maioria dessas contas “principais” twitta raramente e publica muito pouco conteúdo.
O Twitter está morrendo? https://t.co/lj9rRXfDHE
— Elon Musk (@elonmusk) 9 de abril de 2022
“O Twitter está morrendo?” Musk concluiu refletindo.