Em fevereiro de 2021, o Banco Mundial citou algumas estimativas feitas pela Gartner, consultoria americana, que indicavam que naquele ano, 30% dos profissionais em todo o mundo trabalhavam de casa, e que esse percentual aumentaria para 48% no pós-pandemia. palco. Os dados globais confirmam esta tendência: nos Estados Unidos, segundo dados do Gallup, o regime híbrido de teletrabalho aumentou de 42% em fevereiro deste ano para 49% em junho, e na Europa, segundo o Eurostat, a percentagem de teletrabalhadores aumentou 8 % entre 2019 e 2021.
Porém, a realidade do trabalho remoto no velho continente não é homogênea. Nesse sentido, a situação do teletrabalho na Espanha é preocupante: 27% das empresas ainda não oferecem fórmulas para o teletrabalho. E as perspetivas agravam-se, de acordo com o ‘Inquérito ao Equipamento e Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos Agregados Familiares’ divulgado pelo INE na semana passada.
menos teletrabalho. Os dados deste relatório indicam que a percentagem de pessoas empregadas entre os 16 e os 74 anos que teletrabalhou este ano foi de 14% face a 17,6% em 2021. Trata-se de um decréscimo de 3,6 pontos percentuais que se explica, segundo o INE, devido a dois fatores: o aumento de pessoas empregadas cujo trabalho não lhes permitia teletrabalhar e o aumento de profissionais que não teletrabalharam apesar de tecnicamente o poderem fazer.
A maioria não pode teletrabalhar. Nesse sentido, o número de trabalhadores que afirmaram ter um trabalho que poderia ser realizado em casa caiu de 35% em 2021 para 32,9% neste ano. Há 18,9% dos empregados que não fizeram teletrabalho apesar de a sua função o ter permitido. Por outro lado, 61,7% dos trabalhadores afirmam não ter teletrabalhado porque o seu trabalho direto não o permite.
Jovens, os que menos teletrabalham. Além disso, há diferenças de acordo com a idade e o sexo. No primeiro caso, 16% dos trabalhadores entre 35 e 44 anos já realizaram teletrabalho, enquanto esse percentual era de 15,5% entre os assalariados de 25 a 34 anos. Os jovens entre os 16 e os 24 anos, no entanto, são os que mais sofrem: apenas 7% das pessoas nesta faixa etária já trabalharam em regime de teletrabalho. No segundo caso, em média, 14,3% das mulheres têm teletrabalho, percentagem ligeiramente superior à dos homens, com 13,7%.
Comunidade de Madrid, Catalunha e País Basco na liderança. Por outro lado, a nível territorial, as comunidades autónomas com maior percentagem de teletrabalhadores entre os seus empregados são a Comunidade de Madrid (24,9%), a Catalunha (21,8%) e o País Basco (13,6%). No entanto, Astúrias, La Rioja, Aragón, Castilla-La Mancha, Estremadura, Baleares, Ceuta e Melilla foram as regiões com a menor percentagem de teletrabalhadores (entre 3% e 8%).
Quanto mais estudos, mais opções de teletrabalho. O INE deixa outros dados interessantes. Em termos de escolaridade, 26,8% dos trabalhadores com formação universitária já trabalharam em regime de teletrabalho, enquanto esta percentagem era de apenas 1,7% entre os que tinham apenas o ensino secundário ou inferior. Isso explica porque as maiores porcentagens de teletrabalho foram encontradas entre profissionais científicos e intelectuais (26,2%) e profissionais de nível médio (24,8%).
Diferenças entre indefinido e temporário. Isto vai ao encontro do que afirma o relatório ‘Panorama da educação 2021’: “o nível de formação alcançado está diretamente relacionado com a situação laboral”. Por outro lado, 15,4% dos trabalhadores com contrato por tempo indeterminado têm teletrabalho, enquanto esse percentual é de 6,9% entre os que tinham contrato temporário.
Aumento do regime híbrido. Cabe destacar, además, que el 33,6% de los teletrabajadores han trabajado a distancia de forma completa, mientras que un 26,1% lo han hecho bajo un régimen híbrido en el que, de media, han acudido entre tres y cuatro días a oficina. Adicionalmente, o INE aponta para um aumento do regime híbrido, uma vez que o número médio de dias trabalhados a partir de casa pelos teletrabalhadores diminuiu (3,5 em 2021 e 3,1 em 2022). Esta é uma tendência que coincide com a análise de Daniel Newman, analista da Futurum Research e CEO do Broadsuite Media Group, publicada na Forbes em julho passado.
Teletrabalhadores, felizes apesar de tudo. Por outro lado, este decréscimo do teletrabalho em Espanha contrasta com a avaliação positiva de quem tem trabalhado à distância: os remotos têm dado uma nota média de 8,4 em 10. Um valor que vai ao encontro do que aponta o relatório ‘The Future of Hybrid Work’ publicado pela Gallup no verão: 91% dos funcionários preferem o teletrabalho, seja completamente ou em regime híbrido.
Contexto internacional negativo. O mau contexto económico está a provocar mudanças em setores como o tecnológico, onde empresas da dimensão do Twitter, Apple ou Snap optaram por eliminar total ou parcialmente o teletrabalho. Por outro lado, no mercado de trabalho, em outubro passado, o LinkedIn levantou a possibilidade de que o percentual máximo de teletrabalhadores tivesse sido atingido nos Estados Unidos, Índia e vários países europeus. O futuro do trabalho remoto está definitivamente em questão.
Imagem: Unsplash / Corinne Kutz
Em fevereiro de 2021, o Banco Mundial citou algumas estimativas feitas pela Gartner, consultoria americana, que indicavam que naquele ano, 30% dos profissionais em todo o mundo trabalhavam de casa, e que esse percentual aumentaria para 48% no pós-pandemia. palco. Os dados globais confirmam esta tendência: nos Estados Unidos, segundo dados do Gallup, o regime híbrido de teletrabalho aumentou de 42% em fevereiro deste ano para 49% em junho, e na Europa, segundo o Eurostat, a percentagem de teletrabalhadores aumentou 8 % entre 2019 e 2021.
Porém, a realidade do trabalho remoto no velho continente não é homogênea. Nesse sentido, a situação do teletrabalho na Espanha é preocupante: 27% das empresas ainda não oferecem fórmulas para o teletrabalho. E as perspetivas agravam-se, de acordo com o ‘Inquérito ao Equipamento e Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos Agregados Familiares’ divulgado pelo INE na semana passada.
menos teletrabalho. Os dados deste relatório indicam que a percentagem de pessoas empregadas entre os 16 e os 74 anos que teletrabalhou este ano foi de 14% face a 17,6% em 2021. Trata-se de um decréscimo de 3,6 pontos percentuais que se explica, segundo o INE, devido a dois fatores: o aumento de pessoas empregadas cujo trabalho não lhes permitia teletrabalhar e o aumento de profissionais que não teletrabalharam apesar de tecnicamente o poderem fazer.
A maioria não pode teletrabalhar. Nesse sentido, o número de trabalhadores que afirmaram ter um trabalho que poderia ser realizado em casa caiu de 35% em 2021 para 32,9% neste ano. Há 18,9% dos empregados que não fizeram teletrabalho apesar de a sua função o ter permitido. Por outro lado, 61,7% dos trabalhadores afirmam não ter teletrabalhado porque o seu trabalho direto não o permite.
Jovens, os que menos teletrabalham. Além disso, há diferenças de acordo com a idade e o sexo. No primeiro caso, 16% dos trabalhadores entre 35 e 44 anos já realizaram teletrabalho, enquanto esse percentual era de 15,5% entre os assalariados de 25 a 34 anos. Os jovens entre os 16 e os 24 anos, no entanto, são os que mais sofrem: apenas 7% das pessoas nesta faixa etária já trabalharam em regime de teletrabalho. No segundo caso, em média, 14,3% das mulheres têm teletrabalho, percentagem ligeiramente superior à dos homens, com 13,7%.
Comunidade de Madrid, Catalunha e País Basco na liderança. Por outro lado, a nível territorial, as comunidades autónomas com maior percentagem de teletrabalhadores entre os seus empregados são a Comunidade de Madrid (24,9%), a Catalunha (21,8%) e o País Basco (13,6%). No entanto, Astúrias, La Rioja, Aragón, Castilla-La Mancha, Estremadura, Baleares, Ceuta e Melilla foram as regiões com a menor percentagem de teletrabalhadores (entre 3% e 8%).
Quanto mais estudos, mais opções de teletrabalho. O INE deixa outros dados interessantes. Em termos de escolaridade, 26,8% dos trabalhadores com formação universitária já trabalharam em regime de teletrabalho, enquanto esta percentagem era de apenas 1,7% entre os que tinham apenas o ensino secundário ou inferior. Isso explica porque as maiores porcentagens de teletrabalho foram encontradas entre profissionais científicos e intelectuais (26,2%) e profissionais de nível médio (24,8%).
Diferenças entre indefinido e temporário. Isto vai ao encontro do que afirma o relatório ‘Panorama da educação 2021’: “o nível de formação alcançado está diretamente relacionado com a situação laboral”. Por outro lado, 15,4% dos trabalhadores com contrato por tempo indeterminado têm teletrabalho, enquanto esse percentual é de 6,9% entre os que tinham contrato temporário.
Aumento do regime híbrido. Cabe destacar, además, que el 33,6% de los teletrabajadores han trabajado a distancia de forma completa, mientras que un 26,1% lo han hecho bajo un régimen híbrido en el que, de media, han acudido entre tres y cuatro días a oficina. Adicionalmente, o INE aponta para um aumento do regime híbrido, uma vez que o número médio de dias trabalhados a partir de casa pelos teletrabalhadores diminuiu (3,5 em 2021 e 3,1 em 2022). Esta é uma tendência que coincide com a análise de Daniel Newman, analista da Futurum Research e CEO do Broadsuite Media Group, publicada na Forbes em julho passado.
Teletrabalhadores, felizes apesar de tudo. Por outro lado, este decréscimo do teletrabalho em Espanha contrasta com a avaliação positiva de quem tem trabalhado à distância: os remotos têm dado uma nota média de 8,4 em 10. Um valor que vai ao encontro do que aponta o relatório ‘The Future of Hybrid Work’ publicado pela Gallup no verão: 91% dos funcionários preferem o teletrabalho, seja completamente ou em regime híbrido.
Contexto internacional negativo. O mau contexto económico está a provocar mudanças em setores como o tecnológico, onde empresas da dimensão do Twitter, Apple ou Snap optaram por eliminar total ou parcialmente o teletrabalho. Por outro lado, no mercado de trabalho, em outubro passado, o LinkedIn levantou a possibilidade de que o percentual máximo de teletrabalhadores tivesse sido atingido nos Estados Unidos, Índia e vários países europeus. O futuro do trabalho remoto está definitivamente em questão.
Imagem: Unsplash / Corinne Kutz
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