Países que já usam Ônibus 100% Autônomos — e o que o Brasil pode aprender

Países que já usam Ônibus 100% Autônomos — e o que o Brasil pode aprender
Imagem Ilustrativa

Países como Suécia, Escócia, China e Holanda testam ônibus totalmente autônomos. Veja os exemplos e o que o Brasil pode aprender para implementar a tecnologia.

PS5 Digital cai para R$ 2.789 na Black Friday e God of War Ragnarok aparece por R$ 74
A Black Friday derrubou o PS5 Digital para R$ 2.789 e God of War Ragnarok para R$ 74. Confira as melhores ofertas e estoques atualizados.

A mobilidade urbana se aproxima de uma grande transformação com a chegada de ônibus 100% autônomos — veículos que operam sem condutor humano, utilizando tecnologias como LiDAR, câmeras e inteligência artificial. Alguns países já testam sistemas reais, em rotas abertas, com passageiros. Para o Brasil, que começa a experimentar protótipos autônomos, esses exemplos internacionais oferecem aprendizados valiosos. Neste artigo, analisamos os casos mais avançados e o que pode ser replicado por aqui.

Países que já Implantaram ou Testam Ônibus Autônomos

1. Suécia (Gothenburg)

Na Suécia, a empresa Karsan, em parceria com a ADASTEC, opera o ônibus elétrico e-ATAK em modo Level 4 (alto grau de autonomia) para transporte público na região de Gothenburg.
Esse ônibus de 8,3 metros leva cerca de 52 passageiros e utiliza sensores avançados (LiDAR, radar e câmeras) para navegar por tráfego real, com segurança.
Durante a fase inicial, há um motorista “de segurança” a bordo, mas a expectativa é que as operações se tornem totalmente autônomas conforme o projeto avança.

Imagem Ilustrativa

2. Reino Unido (Escócia, CAVForth)

Na Escócia, o projeto CAVForth (Connected Autonomous Vehicles) testou ônibus autônomos em rota de “park & ride” entre Ferrytoll e Edinburgh Park, atravessando a ponte Forth.
Os veículos usados são ônibus convencionais (Alexander Dennis Enviro200AV), modificados para operar no nível 4 de autonomia. Apesar disso, ainda havia um operador humano a bordo por questões regulatórias.
Esse é considerado um dos primeiros serviços de ônibus autônomo “em tamanho real” no transporte público europeu.

Big ben / Londres - Reino Unido

3. Finlândia (Helsinque)

Em Helsinque, dois miniônibus autônomos operam em testes entre áreas definidas da cidade, usando tecnologia da EasyMile.
Os veículos têm velocidade limitada (fase de testes) e ainda contam com motoristas de apoio em situações de emergência, mas a legislação finlandesa já permite experimentações sem a exigência de motorista permanente.

Helsinque - Finlândia

4. Holanda (Roterdã)

No parque tecnológico de Roterdã, existe o sistema ParkShuttle, operando desde 1999.
Embora não seja exatamente “ônibus urbanos padrão de 12 m”, esse shuttle autônomo liga uma estação de metrô a um parque empresarial e já funciona sem motoristas em determinados trechos.

Holanda

China (Shenzhen / Apolong)

Na China, o ônibus Apolong, desenvolvido pela Baidu (plataforma Apollo) e King Long, opera em modo completamente autônomo (nível 4).
Esse micro-ônibus autônomo não tem volante, pedal de freio nem acelerador — tudo é controlado por software. Ele se movimenta entre 20 e 40 km/h, detectando pedestres e outros veículos ao redor.
Além disso, há relatos de uma linha de ônibus totalmente autônoma em Shenzhen, desenvolvida em parceria com a WeRide, operando sem motorista a bordo.

Imagem Ilustrativa

Desafios e Lições para o Brasil

Regulação é Fundamental

    • No Brasil, seria necessário atualizar as normas de tráfego para permitir ônibus sem motorista em vias públicas.

Infraestrutura Tecnológica

    • Os exemplos sueco e chinês usam sensores sofisticados e comunicação veicular; o Brasil precisaria investir em infraestrutura para rodovias e corredores urbanos autônomos.
Igreja Católica cresce 15,9 milhões de fiéis e ultrapassa 1,4 bilhão no mundo
A Igreja Católica registra o maior crescimento em décadas, somando 15 milhões de novos fiéis no mundo e ampliando sua presença global.

Segurança e Aceitação Pública

    • Ter um motorista de segurança no começo, pode facilitar a aceitação social.
    • Campanhas de conscientização são necessárias, principalmente levando em consideração a chance de vandalismo e tentativa de alguns brasileiros de tirar vantagem em cima do serviço. Testes gratuitos também podem ajudar a população a entender e confiar na tecnologia.

Parcerias entre setor público e privado

    • Projetos de sucesso envolveram parcerias entre empresas de mobilidade, governos locais e empresas de tecnologia (por exemplo, Karsan/Adastec na Suécia).
    • No Brasil, empresas como a Lume Robotics já desenvolvem micro-ônibus autônomos locais.
    • Fabricantes de ônibus nacionais (como a Marcopolo) poderiam usar esse know-how para desenvolver soluções autônomas adaptadas ao mercado brasileiro.

Custo e viabilidade econômica

    • Os primeiros projetos internacionais são financiados por subsídios ou parcerias específicas; replicar no Brasil exigiria modelo de negócio sustentável para transporte público.
    • No entanto, a economia com motoristas e a eficiência energética de ônibus elétricos autônomos podem tornar o investimento viável a médio/longo prazo.

O uso de ônibus 100% autônomos já não é mais ficção científica: países como Suécia, Escócia, Finlândia, Holanda e China mostram que a mobilidade autônoma para transporte público é uma realidade em expansão. Para o Brasil, os projetos internacionais servem como laboratório de ideias valiosas — mas será preciso superar obstáculos regulatórios, técnicos e sociais para que a tecnologia se torne parte do cotidiano nas cidades brasileiras, e por isso, infelizmente, essa realidade ainda pode estar um pouco longe de se concretizar.

Leia mais