Depois de alguns anos em que transmissão se consolidou como a principal via de entretenimento e produção audiovisual, chegou a hora da grande exploração. Franquias, sagas, sequências e spin-offs estão desembarcando em todas as plataformas, mas o protagonista é, claro, o mais popular e esbanjador de todos: Netflix.
Mais Peaky Blinders. O mais impressionante de todos os anúncios da Netflix foi o retorno de ‘Peaky Blinders’, a série de gangsters de época estrelada por Cillian Murphy. Não veremos, porém, uma 7ª temporada, mas sim uma prequela e uma sequência. Este último será ambientado em Boston alguns anos depois do que foi contado na série original. A prequela, por sua vez, contará a história de Polly, matriarca do clã Shelby e interpretada por Helen McCrory, falecida em 2021. No momento não há mais detalhes.
Novo anime de ‘One Piece’. E há mais, claro. Por exemplo, depois do sucesso da série live-action baseada no mangá de Eiichiro Oda, a Netflix vai fazer… um novo anime ‘One Piece’. É uma decisão estranha no papel, uma vez que já existe um anime ‘One Piece’ que continua a avançar ao seu próprio ritmo. Mas por outro lado, faz sentido: este novo ‘The One Piece’ servirá para fisgar novos espectadores interessados em entrar no mundo da Gangue do Chapéu de Palha mas que se sentem sobrecarregados pela imensidão da série original. O WIT Studio está no comando, responsável pelo início de ‘Attack on Titan’.
Quarta-feira terá companhia. Por fim, a Netflix anunciou duas séries que acompanharão seu grande sucesso de 2022-2023, ‘Wed Wednesday’, que já é a série em inglês mais popular da história da plataforma. Claro, tem a segunda temporada da série, com Jenna Ortega reprisando o papel principal. Mas também teremos um spin-off estrelado por Tio Stink, interpretado por Fred Armisen na série.
Warner e Disney, a experiência. A Netflix segue os passos dos seus concorrentes diretos mais imediatos, HBO Max e Disney+, que têm em comum o facto de serem provenientes de produtoras cinematográficas com vasta experiência na deteção e aplicação de estratégias de Hollywood. No caso da HBO Max, ela explora os produtos da DC – franquia de super-heróis por excelência junto com a Marvel – sem dar tanta ênfase quanto sua concorrente às novas séries, mas é verdade que possui propriedades que estão ou vão gerar spin-offs no futuro futuro: aos de Game of Thrones se soma a promessa de novas séries de ‘O Senhor dos Anéis’ ou ‘Harry Potter’.
Disney, o franqueado por excelência. Ao lado do HBO Max e do Netflix temos a Disney, da qual conhecemos bem o seu desejo de explorar as propriedades que possui. Exclusivamente para Disney+ vimos inúmeras séries derivadas da Marvel e de ‘Star Wars’, a tal ponto que o transmissão Tornou-se o principal núcleo de expansão dessas propriedades, muito acima das estreias cinematográficas. Sem dúvida, é mais um espelho no qual a Netflix se olha, por mais cuidadoso que tenha para fazê-lo: o cansaço que a Marvel e ‘Star Wars’ mostram se deve, em grande parte, ao lançamento contínuo de séries no Disney+ .
O Prime Video toma nota. A última grande produtora de conteúdo próprio na era do streaming, Prime Video, também está descobrindo os benefícios dos franqueados. E embora tenha dado asas a outras franquias com séries como ‘Jack Ryan’ ou ‘Reacher’, onde encontrou a sua riqueza é com ‘The Boys’, que já gerou, além das inevitáveis novas temporadas da série mãe , dois spin-offs, um deles animado.
Com a Netflix vem a mudança de paradigma. Embora a HBO Max e, sobretudo, a Disney+ estejam há muito imersas na dinâmica das franquias graças às suas raízes como produtoras tradicionais, são as últimas decisões da Netflix que possivelmente marcarão o futuro do setor. Estamos em um momento de economia generalizada para todas as plataformas (que tomam medidas como aumento de tarifas e restrições ao compartilhamento de contas), e as franquias são uma boa forma de gerar conteúdo com menos risco, já que o público conhece e tem dado asas a produtos anteriores. . Mais um passo para a Netflix, sem dúvida, na busca por uma identidade como produtora de conteúdo que concorra além do streaming.
Cabeçalho: Netflix
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