Com referências tão óbvias como Alfred Hitchcock, Daniel Calparsolo compõe neste ‘Todos os nomes de Deus‘ que acaba de chegar ao Prime Video, um thriller cuja maior virtude é não se separar nem um milímetro do que dele se espera. Há pouco espaço para surpresas e revoluções, mas Calparsolo consegue fazer o aparelho funcionar perfeitamente como o mecanismo de relógio que finge ser. Nem mais nem menos.
Nele somos apresentados à história de um taxista que é feito refém pelo único terrorista sobrevivente num atentado em Madrid. Mas Será ele quem agora se tornará uma arma letal, uma bomba humana que terá que descer a Gran Vía com um colete carregado de explosivos. As forças de segurança combinarão táticas e esforços para salvar a sua vida numa corrida contra o tempo.
‘Todos os Nomes de Deus’ tem uma daquelas tramas-truque que funcionan de forma tan resultona en los thrillers (gente que no puede salir de una habitación, grupos reducidos en los que uno de ellos es un asesino…), en este caso el protagonista no puede dejar de andar por temor a que estalle a bomba. E é por isso que inicia uma longa caminhada pelo centro de Madrid acompanhado por todo o tipo de forças de segurança, tentando evitar o desastre mas sem conseguir deter completamente os passos do homem comum mas determinado encarnado por Luis Tosar.
A tosse é, sem dúvida, o grande atrativo do filme: Sua encarnação de um homem da rua com quem é fácil se identificar traz o cotidiano para este thriller que também conta com Imma Cuesta no elenco. Calparsolo completa a aposta com a abordagem dura da violência que caracteriza o seu cinema há décadas.
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