Em 10 de novembro de 2021, o bitcoin atingiu aquele que era seu valor mais alto até então: US$ 69.040,10. A febre pelas criptomoedas – e NFTs – atingiu então máximos históricos e depois caiu por um período prolongado ao longo de 2022 e um 2023 muito lento e esperançoso. Agora, dois anos e meio depois, o bitcoin está quebrando recordes novamente.
Bitcoin acima de US$ 69.100. A criptomoeda ameaçava há alguns dias quebrar aquela barreira psicológica que o recorde anterior representava, e é agora que o conseguiu. Aproximadamente às 17h20 CEST De acordo com o CoinMarketCap, um bitcoin atingiu o valor de US$ 69.170,63superando o que havia conseguido no recorde anterior.
Crescimento imparável (por enquanto). Os últimos meses foram muito agitados para a criptomoeda, que durante grande parte do ano passado permaneceu sem muitas alterações, oscilando em torno de US$ 30 mil em valor. Contudo, foram vários os acontecimentos que acabaram por marcar estes aumentos.
ETFs. A primeira, a aprovação, no início de janeiro de 2024, de fundos negociados em bolsa baseados em bitcoin. Esses mecanismos financeiros facilitam muito o acesso dos investidores a esse tipo de ativo digital. A aprovação, que vinha sendo perseguida há muitos meses, gerou polêmica – os próprios reguladores foram quase obrigados a fazê-lo – e embora a princípio o efeito parecesse nulo, o valor logo começou a ganhar força.
Reduzir pela metade. A segunda, o iminente halving que fará com que a moeda se valorize ainda mais ao reduzir pela metade a recompensa para quem minera bitcoins. Quanto mais escasso é um bem, mais valor ele tem, e reduzir pela metade é um mecanismo projetado precisamente para alcançar esse efeito no bitcoin, que possui um número finito de moedas que podem ser extraídas. No total, 21 milhões, dos quais já existem 19,3 milhões em circulação. A expectativa é que em 2040 o último bitcoin seja extraído.
E agora que? Ultrapassar esse recorde histórico (ATH, All Time High, em inglês) é um marco único para os crentes da criptografia, que vêm argumentando há algum tempo que em conquistas semelhantes no passado o valor do bitcoin cresceu ainda mais rapidamente. As previsões hiperotimistas se sucedem e, por exemplo, Hunter Horsley, CEO da Bitwise – um dos emissores de ETFs baseados em bitcoin – apontado hoje em dia como o bitcoin chegará a US$ 250.000 muito em breve. Outros especialistas e entidades como o Banco Central Europeu permanecem altamente céticos e argumentam que o valor do bitcoin é (ou deveria ser) zero.
Cuidadoso. Muito cuidado. É, como sempre, impossível garantir, e como sempre, na Xataka alertamos que estas notícias não são de forma alguma recomendações financeiras. Da CoinDesk, especialistas indicam que esses aumentos e o novo recorde podem voltar a causar uma febre perigosa para as criptomoedas que, por exemplo, promove criptoempréstimos que podem terminar em verdadeiras tragédias ou fazer com que as redes sociais fiquem repletas de mensagens incentivando os usuários a investir. é muito tarde. Já aconteceu antes e acabou em desastre: vamos lembrar dos NFTs.
Imagem | Kanchanara
Em Xataka | Bitcoin ultrapassa US$ 1 trilhão em capitalização de mercado. Já é o décimo ativo mais valioso do mundo