Setor farmacêutico em alerta com a proximidade do prazo final para adequação à RDC 430 da Anvisa
Nova norma que entra em vigor no dia 16 de março exige controle rigoroso no transporte e armazenamento de medicamentos sensíveis à temperatura e umidade, com penalidades severas para quem não cumprir
A partir do dia 16 de março, milhões de pacientes que precisam de medicamentos sensíveis à temperatura e umidade ganham um novo aliado. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 430, que estabelece normas ainda mais rigorosas para transporte, monitoramento climático e armazenamento de medicamentos termolábeis, é um dos mais importantes instrumentos normativos criados pela Anvisa para a eficácia de tratamentos de saúde.
A RDC 430 determina que tais medicamentos devem ser monitorados durante toda a cadeia logística, desde a fábrica até a entrega ao consumidor. “Isso significa que, terminado o prazo para adequação, às Vigilâncias Sanitárias já poderão multar, suspender atividades, reter cargas e até cassar licenças de empresas que não estiverem cumprindo a resolução”, alerta Luiz Renato Hauly, CEO da healthtech Pharmalog S.A.
Hauly ainda diz que o momento também é de crescente conscientização da população a respeito dos riscos à saúde e bem-estar de milhões de pessoas que dependem da eficácia e da segurança dos medicamentos. “Quanto mais tomarmos conhecimento do quanto o armazenamento e o transporte inadequados comprometem os tratamentos, mais as empresas sentirão a urgência em se adequar”, avalia ele.
As novas necessidades geradas pela RDC 430 estão fazendo, inclusive, crescer a busca por soluções tecnológicas para monitoramento de temperatura e umidade, para a qualificação do transporte e até para as embalagens. No caso específico da Pharmalog S.A, a healthtech terminou 2024 com mais de mil cargas mapeadas e com preservação superior a R$ 25 milhões em medicamentos sensíveis.
Pharmalog S.A
Com sede em Manaus e operando no Positivo Labs, a Pharmalog S.A foi fundada em 2020 com foco em monitoramento de temperatura de medicamentos termolábeis. É a única empresa no Brasil a utilizar uma plataforma SaaS/Cloud para monitoramento completo de cargas.
O mapeamento de rotas inclui estudo para identificar pontos críticos de temperatura e umidade, adaptação dos trajetos e antecipação de problemas que possam vir a afetar os medicamentos. “E, no que se refere às embalagens, as soluções são para garantir a preservação, inclusive com soluções para diferentes tipos de medicamentos, desde os termolábeis até produtos secos”, resume Hauly.
Em 2024, a empresa teve 200% de expansão na base de clientes e R$ 1 milhão em receita recorrente anual. Com o uso da inteligência artificial, a empresa está posicionada para liderar o mercado de monitoramento de medicamentos no país e já recebeu, no primeiro semestre do ano passado, um aporte de R$ 2,5 milhões da Bertha Capital.
