Ganhar dinheiro com mineração de criptomoedas não é tão simples assim, pelo menos nos dias de hoje. Antes de empreender esta tarefa, você deve levar em consideração o custo do hardware de mineração, bem como o relacionado ao consumo elétrico, entre outras variáveis. E claro, também é preciso não estar em alguns dos países que proibiram esse tipo de prática.
Uma alternativa a esta realidade pode ser utilizar um serviço de cloud computing, ou seja, minerar criptomoedas em infraestrutura de terceiros, mas aqui também é preciso passar por dinheiro. Um indivíduo na Ucrânia conseguiu superar todos os desafios acima mencionados com um método conhecido como criptojackinge acabou preso pela Europol.
O ‘hacker’ que extraiu criptomoedas de graça
Segundo a referida organização policial, o suspeito de 29 anos terá acedido ilegalmente a vários computadores pertencentes a uma serviço de computação em nuvem para minerar criptomoedas. Como as contas das sessões em uso não lhe pertenciam, os custos decorrentes das tarefas mineiras impactavam os seus verdadeiros proprietários.
A Europol acredita que o homem conseguiu extrair cerca de 1,8 milhões de euros em criptomoedas antes de ser descoberto. Agora, o provedor de serviços de computação em nuvem desempenhou um papel essencial na operação. A empresa alertou as autoridades ucranianas de que algumas das contas dos seus utilizadores tinham sido comprometidas.
O próximo passo foi abrir uma investigação que nos permitiu encontrar novas pistas e consolidar evidência suficiente para dar luz verde à etapa final, que foi a prisão do suspeito. O Centro Europeu da Cibercriminalidade (EC3) da Europol estabeleceu um posto de comando virtual no dia da operação, apoiando a Polícia Nacional Ucraniana.
Finalmente, o suspeito foi preso em 9 de janeiro em Mykolaiv, na Ucrânia. Acredita-se que a partir desse endereço ele teria controlado os ambientes de nuvem sequestrados para minerar criptomoedas. O processo agora continua, com análise mais detalhada por especialistas da divisão pericial dos equipamentos apreendidos na operação.
Imagens: Europol | Arte Rachen
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