‘Alien 3’ foi por muito tempo discutido como uma entrega que não fez jus aos seus dois ilustres antecessores, apesar de contar mais uma vez com a presença de Sigourney Weaver. E embora seja verdade que não atinge o nível dos dois clássicos, A Time colocou-o em um pódio merecido entre os mais notáveis da saga., pela sua ambientação original e excelentes efeitos. Porém, sua concepção foi um nascimento digno de um café da manhã com a tripulação do Nostromo.
Foram necessários cinco anos para filmar a versão definitiva do que viria a ser ‘Alien 3’, e os trabalhos começaram em 1987, com um ambicioso projeto em duas partes (‘Duna’ de Gilleneuve não inventaram nada) que seria estrelado por Hicks, de Michael Biehn em a primeiro e por Ripley no segundo. Os produtores queriam explorar o lado negro da corporação Weyland-Yutani e sua intenção de usar xenomorfos como armas biológicas. Para isso, contataram William Gibson, autor cyberpunk de clássicos muito influentes como ‘Neuromancer’.
Os problemas logo começaram: uma greve dos roteiristas estava iminente, então Gibson teve que terminar o roteiro em apenas três meses. A ação nos deixou à deriva em Sulaco e chegando a uma área reivindicada pela “União dos Povos Progressistas”. Mais tarde a nave chega a uma estação espacial híbrida e shopping center, onde – com Ripley em coma -, Hicks descobre que Weyland-Yutani quer criar um exército de alienígenas. Por fim, a UPP (que consertou Bishop) e o shopping unem forças contra os alienígenas. Um teaser da quarta parte parece prometer uma visita ao mundo-mãe dos xenomorfos.
Para muitos fãs, o roteiro é superior ao que mais tarde se tornaria ‘Alien 3’, e pode ser lido aqui. Foi totalmente voltado para a ação, mas os produtores não gostaram, que sentiram falta tanto do componente humano dos episódios anteriores quanto, paradoxalmente, de mais elementos cuberpunk. Após a greve, Gibson foi convidado a reescrever o roteiro com o suposto diretor do terceiro filme, Renny Harlin, mas o escritor recusou. Porém, o roteiro foi adaptado em diversos formatos: em 2018 como história em quadrinhos, em 2019 como audiolivro e em 2021 como novelização.
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