Dentro de poucos dias, concretamente no dia 19 de abril, a Telefónica encerrará toda a rede de cobre e estará concluído o apagão que já dura tantos anos. Acabou-se, portanto, a conexão ADSL, tecnologia antiga amplamente superada pela fibra óptica que, no entanto, ainda está em uso. Segundo a CNMC, 440 mil pessoas ainda usam ADSL e estão prestes a perder a conexão. Alguns farão isso mais cedo, outros farão isso mais tarde, mas eventualmente chegará.
Que opções têm os usuários que agora correm o risco de serem desconectados? Vamos ver isso.
A fibra não chega a todos os lugares. Embora num mundo ideal todos tivéssemos fibra de alta velocidade, a verdade é que em Espanha há 10,03% de área que a fibra óptica ainda não alcança. Quando é feita uma migração, 96% é feita para fibra e, quando isso não é possível, a Internet é oferecida via satélite ou rádio móvel. Essas são precisamente as opções alternativas disponíveis.
Opção 1: Internet por satélite. Essa tecnologia vem ganhando bastante força entre moradores de áreas rurais e nômades digitais, já que os satélites permitem oferecer cobertura em todo o território, independente de sua localização. É uma das melhores opções, desde que possamos colocar uma antena em casa, e em Espanha temos duas opções:
- Hispasat: custa 35 euros e oferece cobertura em 100% do território. Sua velocidade é de 200 Mbps de download e 10 Mbps de upload; Sua latência é de 690 ms. Suporta um consumo máximo de 150 GB por mês, embora quando consumido a conexão não seja cortada, mas o usuário tenha menos prioridade. Porém, bônus extras podem ser contratados. A operadora que oferece o serviço depende da região e pode ser consultada no site da Hispasat.
- Starlink: é a rede via satélite de Internet via satélite de Elon Musk e funciona em todo o território nacional. Tem dois planos, básico (29 euros mensais) e standard (40 euros mensais), sendo a principal diferença que os utilizadores do plano mais barato terão menos prioridade nos horários de pico. Além da mensalidade, você deverá pagar pelo equipamento (uma única vez). Este custa 450 euros, mas agora está reduzido para 225 euros. Pode ser contratado no site Starlink.
Opção 2: Internet por radiofrequência. A segunda opção é a internet por radiofrequência, uma das opções mais utilizadas em ambientes rurais. Assim como acontece com a internet via satélite, é necessária a instalação de uma antena semelhante às antenas de televisão, embora o funcionamento não seja o mesmo. O preço médio desta opção ronda os 30-50 euros mensais, dependendo da operadora.
Graças à tecnologia WiMAX, a antena receberá os sinais de rádio emitidos pelo repetidor da empresa. Este repetidor é um tipo de antena grande que teremos que ter relativamente perto. As ofertas WiMAX oferecem velocidades assimétricas (normalmente 50 Mbps para baixo e até 20 Mbps para cima) e a estabilidade pode ser afetada em tempos de congestionamento, mas se houver uma operadora local que o ofereça em nossa área pode ser uma boa alternativa.
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Opção 3: um roteador com dados móveis. Uma opção muito utilizada, principalmente para ter Internet em outras áreas que não sejam de casa e onde estamos esporadicamente. Para isso, precisamos apenas de um roteador 4G ou 5G, dependendo da versão, e de um cartão SIM que inseriremos em seu interior. O roteador se conecta à rede móvel da mesma forma que um smartphone e emite o sinal WiFi, ao qual nos conectaremos.
Parte positiva? É uma opção barata e versátil. Parte negativa? Só podemos utilizá-lo se tivermos uma conexão 4G ou 5G em nossa área. Nas zonas rurais, onde o 4G não chega, esta tecnologia seria totalmente inútil. Nas zonas onde o 4G chega, pode ser uma alternativa a ter em conta, principalmente se procuramos algo que não requeira uma grande instalação como a Internet via satélite. Aqui você pode conferir a oferta de cada operadora. O preço médio varia entre 30-35 euros por mês.
Imagem | Pexels
Em Xataka | Starlink ativa a Internet via satélite mais rápida do mundo: 10 Gbps para conectar cidades inteiras