O Oceano Antártico (também chamado de Oceano Antártico) é uma região difícil de explorar. Remoto e parcialmente coberto pelo gelo antártico, este mar que circunda o continente antártico ainda esconde muitos segredos. Segredos como cadeias inexploradas de vulcões.
Sob gelo e água. Uma expedição italiana a bordo do quebra-gelo Laura Bassi encontrou uma nova cadeia de vulcões subaquáticos na costa da Antártica. É uma cordilheira que se estende por 50 quilômetros.
Estes vulcões elevam-se cerca de 1.500 metros acima do fundo do mar circundante, deixando os seus picos 600 metros abaixo do nível do mar. A cadeia, localizada a cerca de 60 km do continente, atinge largura máxima de 15 km.
Alguns vulcões “recentes”. Segundo as análises realizadas pela equipe, esta serra teria uma origem recente (em termos geológicos, claro). Porém, mais estudos ambientais serão necessários para determinar este tipo de características com maior precisão.
IMPULSIONAR. A descoberta foi feita no âmbito do projeto BOOST, um projeto financiado pelo PNRA (Programma nazionale di ricerca in Antartide) programa de investigação antártica coordenado pela Universidade de Génova.
Embora as primeiras “pistas” da existência desta cordilheira tenham sido captadas pela 38ª Expedição Antártica Italiana, foi a seguinte, a 39ª, que se encarregou de mapear o terreno.
Quebra-gelo Laura Bassi. A expedição partiu a bordo do quebra-gelo Laura Bassi, navio oceanográfico do Instituto Nacional Italiano de Oceanografia e Geofísica Experimental (OGS). É o único navio italiano com as suas características.
O R/V Laura Bassi tem 80 metros de comprimento e pesa mais de 80 toneladas. Possui também 3.000 metros cúbicos de espaço de carga e capacidade para 800 toneladas.
O navio tem o nome de Laura Bassi, uma filósofa e física italiana do século XVIII. Bassi é considerada uma das pioneiras da profissão científica e foi a primeira mulher a se tornar professora universitária em sua disciplina.
Do gelo às placas tectônicas. A região explorada por esta embarcação oceanográfica tem muito a nos ensinar. Tal como as restantes áreas da região polar, é um ponto de interesse para o estudo das alterações climáticas e suas consequências.
Esta cadeia de vulcões está localizada na área marítima coberta pela camada de gelo da Antártica durante grande parte do ano. No entanto, o recuo progressivo deste (recuo que ganhou velocidade nos últimos meses) poderá deixar “descoberta” boa parte dos mares que circundam o continente.
Mas a área também é interessante do ponto de vista geológico. As características geográficas escondidas nas profundezas do mar podem nos ensinar muito sobre a deriva continental e a evolução geológica do nosso planeta.
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Imagem | OGS