Os tempos em que o Google inovava rapidamente já se foram. As mentes brilhantes da empresa, juntamente com seus recursos e o desejo de transformar o mundo, resultaram em uma enxurrada de produtos e serviços. O Google avançava rapidamente, sem medo de tentativas e erros.
No entanto, um dia as coisas mudaram. Assim como outras empresas do setor, o Google se tornou uma organização enorme, com muitas divisões internas, funcionários e burocracia, tornando a reprodução da dinâmica do passado quase impossível. Isso se tornou ainda mais evidente na corrida pela supremacia na inteligência artificial.
Google quer voltar ao que era
Não é segredo que a ascensão da OpenAI como líder em inteligência artificial causou um terremoto na indústria. A empresa liderada por Sam Altman, com o apoio da Microsoft, parece não ter concorrentes à altura nas tecnologias atuais. Nem mesmo os milhões de dólares do Google parecem ser suficientes.
O mecanismo de busca está em uma situação delicada que requer atenção. Sundar Pichai, CEO da empresa desde 2019, percebeu que grandes mudanças eram necessárias para mudar o rumo das coisas. Chegou a hora de agir: o executivo anunciou a unificação das equipes de hardware, software e inteligência artificial, uma mudança significativa.
Até então, o Google era altamente segmentado internamente. Existia uma equipe chamada Devices and Services PA (DSPA) que cuidava do hardware, incluindo Pixel, Nest e Fitbit. Além disso, havia a equipe de Plataformas e Ecossistemas (P&E) e as equipes de Pesquisa Google (Brain e DeepMind).
A novidade agora é a unificação de DSPA e P&E em uma nova equipe chamada Plataformas e Dispositivos. Além disso, a fotografia computacional e a inteligência on-device também se juntarão a essa equipe.
A abordagem do Google é clara: tornar suas partes mais importantes mais ágeis. Segundo a empresa, “ter uma equipe unificada em todas as plataformas e dispositivos nos ajudará a oferecer produtos e experiências de maior qualidade para nossos usuários e parceiros.”
Rick Osterloh liderará a parte de hardware, enquanto Sameer Samat ficará responsável pelo desenvolvimento do ecossistema Android. Hiroshi Lockheimer, que supervisionava o Android, Chrome, ChromeOS e Fotos, passará a trabalhar em projetos na empresa-mãe do Google, a Alphabet.
O que os usuários podem esperar? Melhorias com inteligência artificial em todas as plataformas e dispositivos do Google, incluindo Android e Chrome. Resta saber se essa mudança ajudará a aliviar a pressão sobre a gestão de Pichai.
Imagens | Arkan Perdana | Google
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