A União Europeia está intensificando sua ofensiva contra os gigantes tecnológicos americanos e agora é a Meta que está na mira. Está investigando a forma como lida com a desinformação e o impacto na integridade eleitoral conforme publicado no Tempos Financeiros.
Isto é: verificar se fez o suficiente para combater a desinformação e a interferência estrangeira sobre as próximas eleições na UE.
É semelhante ao que Agora é a vez de uma investigação sobre Meta.
O que está sendo investigado. De acordo com fontes da UE, a Meta pode estar violando a DSA (Lei dos Serviços Digitais), particularmente na forma como apresenta conteúdos políticos e no tratamento de conteúdos ilegais.
A falta de transparência e as ferramentas de utilização “fracas” são os principais pontos de preocupação que impulsionam esta investigação.
O papel do CrowdTangle. Esta é uma ferramenta essencial para pesquisadores e jornalistas monitorarem a disseminação de determinados tipos de conteúdo nas plataformas Meta. Adquirido em 2016 e integrado gratuitamente em 2017, a empresa tomou a decisão de descontinuá-lo a partir de agosto, o que levantou alarmes sobre a possível redução da visibilidade da desinformação.
Sem esta ferramenta é difícil ter a mesma visibilidade sobre o que acontece nos serviços Meta e, portanto, também é difícil detectar interferências eleitorais estrangeiras.
As implicações para a Meta. Se for confirmado que a empresa de Zuckerberg violou o DSA com suas práticas de propagação de desinformação, poderá enfrentar multas de até 6% de sua receita global.
Sua receita em 2023 foi de US$ 134,9 bilhões, então a penalidade máxima para o Meta seria de cerca de US$ 8 bilhões, embora fosse muito improvável atingir esse limite diretamente. O que poderia acompanhar a multa são exigências específicas para alinhar as políticas da Meta com as regulamentações europeias.
Nas próximas etapas. Um porta-voz da Meta publicou uma declaração citada pela CNN na qual explicam que esperam continuar a cooperar com a Comissão e que têm um “processo bem estabelecido para identificar e mitigar riscos em nossas plataformas”. Agora resta saber, sobretudo, qual é a primeira proposta que lançam a partir de Bruxelas.
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