Os últimos resultados financeiros da Microsoft, os do primeiro trimestre de 2024, foram liderados pela ascensão da IA nos negócios da empresa, mas arranhando um pouco também vemos novidades únicas nos negócios do Xbox que também complementam bem com outro evento recente.
O ponto amargo é que As vendas do console Xbox sofreram uma queda significativa. A Microsoft faturou 31% menos com suas vendas do que no mesmo trimestre de 2023. E já vínhamos de vários trimestres de queda nas vendas de hardware.
O contexto. Os consoles desta geração ainda estão longe do fim do seu ciclo. Tanto o PlayStation 5 quanto o ciclo de vida do Xbox Series S e Series de um console. Muito em breve, na verdade.
O fundo. Já sabemos há muito tempo que a Microsoft não prioriza mais a venda de consoles físicos (como a Sony), mas sim o jogo através de seus servidores, seja em um Xbox, um PC ou qualquer dispositivo que acesse o Xbox Cloud.
Sabemos também que o negócio de venda de jogos, em consolas Xbox ou em consolas rivais, é outro negócio em expansão para a Microsoft. Portanto, afinal, pode não ser tão importante para o Xbox continuar vendendo consoles como nas gerações anteriores.
Um cavalo de Tróia. À medida que as vendas de hardware diminuem, a Microsoft intensificou sua presença no PlayStation. Com a compra da Activision a Blizzard garante tanto o controle de franquias muito lucrativas, como Call of Duty, quanto a liderança no ranking de editores na plataforma Sony.
Na lista da semana passada dos 25 jogos de PlayStation mais vendidos, observamos que a Microsoft conseguiu colocar mais títulos (sete) do que a Sony (cinco). Os frutos do enorme investimento na Activision Blizzard.
Cidade Tweak dá uma frase-chave: “PlayStation e Xbox são tão cooperativos quanto competitivos.” Eles competem para vender consoles e fazer com que os jogadores joguem em suas plataformas e em seus jogos, mas também têm uma dependência mútua. A Microsoft depende da loja da Sony para vender os seus jogos, e a Sony beneficia da contribuição dos jogos da Microsoft para as receitas da PlayStation.
“PlayStation e Xbox são tão cooperativos quanto competitivos”
Um futuro diversificado. A Microsoft já faz isso há algum tempo com o Xbox, algo óbvio ao ver o crescimento do Game Pass e a expansão de seus títulos para outras plataformas, algo que aumenta a disponibilidade de seus jogos e também maximiza as receitas de outros canais de distribuição.
Esta diversificação e redução da dependência das vendas de consoles não significa que seja o fim dos Xboxes físicos. A empresa já anunciou que está trabalhando no próximo Xbox para alcançar “o maior salto técnico” já visto.
Acontece que o sucesso de suas vendas unitárias é cada vez menos importante. O que importa é que o mundo continue jogando jogos da Microsoft, onde quer que esteja. Ou para jogos de outras pessoas, mas dentro de seus servidores.
Imagem em destaque | @16bitspixelz no Unsplash
Em Xataka | Rumo ao “maior salto técnico” da história dos consoles: a indústria caminha para uma nova geração