No dia 31 de outubro, a Apple apresentou os novos Apple M3, M3 Pro e M3 Max, que se tornaram assim os modelos mais modernos da sua família Apple Silicon. Esse anúncio fez todo o sentido do mundo, pois esses chips não eram renovados há quase um ano e meio.
Na verdade, esse foi mais ou menos o tempo que também tivemos que esperar entre o primeiro Apple M1 e o Apple M2, que demorou um pouco mais para esperar esse período. Assim pois, Como é possível que já tenhamos o Apple M4 connosco?
Os novos chips da Apple acabam de ser apresentados como protagonistas do novo iPad Pro, algo que vem sendo comentado há semanas. A chegada destes chips surpreende justamente pela rapidez com que foram apresentados: se olharmos as datas de apresentação, estes são os tempos que tivemos que esperar de uma geração para outra:
- De M1 a M2: 574 dias (18 meses, 28 dias)
- Del M2 a M3: 511 dias (16 meses, 24 dias)
- De M3 a M4: 189 dias (6 meses, 7 dias)
Os dados são inequívocos: o tempo que esperamos pelo M4 é um terço do que esperamos pelo M2 ou M3. Se a Apple tivesse mantido os mesmos ciclos dos lançamentos anteriores, teoricamente esses chips deveriam ter surgido daqui a aproximadamente um ano, e não agora.
Então o que aconteceu?
Somente a Apple pode ter certeza, mas é claro que existem dois argumentos possíveis que explicam isso. A primeira, mais simples, é exatamente o que os responsáveis pela empresa aludiram durante a apresentação do iPad Pro: precisavam de mais potência para poder trabalhar com as novas telas OLED desses aparelhos.
A segunda aponta para algo que também mencionaram e que possivelmente é o verdadeiro motivo: em vez de precisar de mais potência para a tela OLED, o que você realmente precisa é mais potência em seu mecanismo neural para IAem NPU.
Na apresentação foi mencionado que esta nova unidade de processamento é capaz de oferecer um desempenho de 38 TOPS, um número notável que está em linha com o Meteor Lake (que atinge 34 TOPS nos modelos mais ambiciosos), o Ryzen PRO 8040 (39 TOPS) ou o Qualcomm Snapdragon X Elite (45 TOPS).
Esse poder de processamento é provavelmente um requisito fundamental para acolher os recursos de IA que a Apple deverá revelar como parte do iOS, iPadOS e (esperamos) macOS na conferência WWDC 2024 em cerca de um mês. Os dados sugerem que a Apple proporá modelos de IA que serão executados localmente e que exigirão muita energia para poder aproveitá-los com fluidez.
Essa é a explicação mais plausível para o motivo pelo qual a Apple tem tido uma pressa tão surpreendente para lançar esses chips tão rapidamente. Resta saber quais são as diferenças de desempenho com o Apple M3, mas o processo fotolitográfico é uma ligeira evolução do anterior e que sem dúvida permitirá uma reviravolta nos modelos anteriores.
Na verdade sabemos que o M4 tem agora quatro núcleos de desempenho e seis núcleos de eficiência, quando o M3 tinha quatro núcleos de desempenho e quatro núcleos de eficiência. A Apple apenas comparou o M4 ao M2 afirmando que eles são 50% mais potentes em CPU e quatro vezes mais potentes em GPU ao renderizar no M2. São números que nos deixam dúvidas quanto à comparação com o M3, sendo necessário aguardar testes independentes para saber com mais detalhes como se comportarão em relação aos seus antecessores.
O que sabemos é que a unidade Neural Engine do Apple M3 oferece um desempenho de 18 TOPS, então O Apple M4 praticamente dobra essa potência. Esse é sem dúvida o diferencial desses chips, que sem dúvida serão acompanhados em breve pelas variantes Pro e Max, que serão ainda mais potentes em todas as áreas.
Com tudo e com isso, a apresentação destes processadores deixa más notícias: quem optou por equipamentos Apple baseados no Apple M3 descobre seis meses depois que as suas máquinas ficaram “velhas”.
Na realidade, não precisa ser assim: esses chips ainda são uma boa opção – embora longe de serem excepcionais – e não se sabe quanto tempo a Apple levará para renovar seu catálogo de laptops e desktops com esses chips. Até que isso aconteça, os únicos que podem ostentar o chip M4 são os iPad Pros.
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