Há alguns dias nos perguntamos onde estava o verão e a AEMET tem a resposta: logo aí. E não é uma figura de linguagem. Segundo as previsões da Agência, durante os próximos dias as massas de ar que sobrestimarão o sul da península “ficarão entre o 1% das mais quentes registadas nestas datas”.
O que isso significa? Que durante o fim de semana ainda veremos, conforme o anticiclone toma posições, grande parte do país terá aumento de temperaturas. Estamos falando que, em algumas áreas, vai ultrapassar os 35 graus.
Como é possível? A explicação é simples: tudo parece indicar que estamos a caminhar de cabeça para o primeiro grande acendimento do “forno ibérico”. A estabilidade atmosférica garantirá céus mais claros, mais horas de sol e poucos ventos. A massa de ar que vai voar sobre nós (mais quente que o normal) fará o resto.
Segundo estimativas, são esperadas temperaturas entre três e sete graus acima da média. É verdade que muitas zonas do norte permanecerão nos 20 graus, mas várias capitais do sul estarão nos 35 graus e algumas cidades do vale do Guadalquivir poderão chegar aos 40.
Intenso, mas breve. A boa notícia é que esse “choque térmico” é temporário. Se prestarmos atenção às previsões do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, durante os últimos dias de Maio experimentaremos que o terço norte do país verá chegar uma massa de ar muito frio para a época.
Esta massa movimentará o anticiclone sobre a península e, embora não provoque um episódio de frio em todo o território, interromperá o aumento das temperaturas. Temporariamente, claro, porque a previsão sazonal não nos convida ao otimismo.
O que acontecerá neste verão? Hoje, os meteorologistas esperam que o verão seja mais quente do que o normal em todo o território nacional (ilhas incluídas). Mas a situação não fica por aí: os modelos dizem-nos que em todo o interior da península as temperaturas serão muito superiores ao normal.
Já faz muito tempo, é verdade; mas parece que será um daqueles verões inesquecíveis.
Imagem | ECMWF
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