Nos últimos anos, a Apple vem liberando dependências que tinha de outras fabricantes. Eles se livraram da Intel em seus Macs e também pretendiam desenvolver seus próprios modems 5G para iPhones. Esse objetivo os resiste e isso os forçou a expandir a aliança que mantêm com a Qualcomm há anos.
Apple necesita (de momento) a Qualcomm. Conforme indicado pela Bloomberg, a empresa de Cupertino prorrogou o seu acordo com a Qualcomm por mais três anos. O motivo: eles ainda precisam de seus chips modem, um sinal de que os esforços da Apple para ter seu próprio chip não estão dando os resultados esperados, como já apontavam analistas meses atrás.
O iPhone 16, 17 e 18 terá modems Qualcomm. O novo acordo anunciado pela Qualcomm cobrirá lançamentos de smartphones em 2024, 2025 e 2026 e “reforça o histórico de liderança da Qualcomm em produtos e tecnologias 5G”. A aliança entre as duas empresas tinha este ano como prazo de validade, e esperava-se que o iPhone 15 fosse o último a depender dos chips da Qualcomm. Não será assim.
Um acordo suculento. Esta aliança reafirma o papel da Apple como principal cliente da Qualcomm. Segundo a Bloomberg, quase 25% das vendas da Qualcomm vêm da Apple. A empresa consolida assim o seu papel no desenvolvimento de chips que facilitam as funções do modem, componente que permite aos nossos dispositivos móveis ligarem-se à Internet e fazerem chamadas.
Subida de Qualcomm en bolsa. A notícia teve efeito imediato nas ações da Qualcomm na bolsa: o valor antes da abertura dos mercados já era 8% superior ao fechamento da última sexta-feira. A Apple, por outro lado, aumentou seu valor em apenas 1%.
Criar um modem não é fácil. A Apple vem tentando desenvolver seus próprios chips de modem desde 2018, e a aquisição da divisão de chips para smartphones da Intel em 2019 deveria ajudar a acelerar esse projeto. Johny Srouji, diretor de chips da Apple, explicou em 2020 que desenvolver seus próprios modems era “uma transição estratégica fundamental”.
Uma relação de amor e ódio. A relação entre a Apple e a Qualcomm é turbulenta: a firma de Cupertino processou a Qualcomm pelo seu modelo de licenciamento, mas perdeu a batalha judicial e acabou licenciando a sua tecnologia. O acordo duraria até 2025, com opção de prorrogação por mais dois anos. A empresa de Cook iniciou seu projeto de modem 5G com a ajuda de ex-funcionários da Qualcomm, e esta última reagiu contratando ex-engenheiros da Apple para desenvolver seu rival para os chips M1.
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