Tesla já alcançou produzir mais de cinco milhões de carros. Isto é o que ele anunciou há poucos dias, quando alcançou um marco que até pouco tempo atrás muitos consideravam impossível. Agora, a mesma empresa é usada como exemplo do tipo de produção de veículos que marcará o futuro.
A velocidade de montagem e a quantidade de veículos que conseguem tirar de suas fábricas causam inveja ao mercado. Como eu coletei Reuters Há pouco mais de um ano, a produção de um Tesla Model Y mal precisava investir 10 horas. Para realizar a produção de um Volkswagen ID.3 é necessário ter um total de 30 horas no bolso.
Investindo um terço do que a Volkswagen, a Tesla conseguiu ganhar até seis vezes mais dinheiro com cada carro vendido do que a Toyota, famosa pelos seus métodos de produção. Os japoneses, que fizeram eficiência a sua virtude à custa de correr grandes riscos, recorrem agora à empresa de Elon Musk para produzir os seus veículos.
O segredo por trás desses resultados é guardado, em parte, por uma enorme máquina chamada Gigapress. Esta enorme máquina consegue unir até 70 peças do chassi auxiliar traseiro do Tesla Model Y em uma única e enorme peça, o que reduz drasticamente o tempo de montagem com o resto do carro.
Segundo dados da Tesla, somente com uma dessas enormes máquinas encarregadas de fundir as peças será possível eliminar o trabalho de 300 robôs e, portanto, o tempo que precisam gastar para levar o produto adiante. Por outro lado, a Tesla precisa lançar designs muito semelhantes em seus veículos e com pouquíssimas alterações, prolongando a vida útil do produto acima do habitual no setor.
É claro que a estratégia parece estar funcionando para a empresa e mostra que essas grandes impressoras estão dando resultados. Mas Tesla quer levar isso para o próximo nível.
70 peças são poucas… vamos tentar 400
A ideia de um Gigapress evoluído ou vitaminado com esteróides está sendo desenvolvida dentro da Tesla. Pelo menos é isso que eles afirmam Reutersque apontam que a empresa de Elon Musk está trabalhando em uma nova máquina capaz de “reinventar a fabricação de automóveis”.
A nova forma de trabalhar já foi revelada, em parte, em março passado, quando a Tesla anunciou que tinha um plano para reduzir a produção de automóveis em até 50%. Ele Dia do Investidor Tesla Deixou um gosto amargo entre aqueles que esperavam por um Tesla Model 2, mas ajudou a empresa a explicar os seus planos de produção para o futuro.
O plano previa uma “produção paralela” que permitiria à empresa fabricar um carro como se fosse encaixar as peças de um quebra-cabeça. A ideia é levar o conceito Gigapress para o próximo nível. E uma parte essencial, como explicado a partir Reuters é a fundição todo o fundo do veículo inteiro. Um desafio que serviria para tornar viável o novo (e altamente anunciado) veículo de US$ 25 mil.
A agência destaca que até cinco fontes diferentes garantiram que o plano da Tesla montaria toda a frente, traseira e chassi do veículo em uma única peça. Apenas a bateria teria que ser instalada naquele chassi. É como encaixar a peça certa no lugar certo, como se faz com cubos infantis.
Se o novo processo produtivo for realizado, poderá reduzir o desenvolvimento de um novo modelo para metade do tempo da competição.
O processo, explicado a partir Reuters Envolveria a redução de até 400 peças diferentes em apenas uma. Os resultados? Lançar um produto no mercado após um desenvolvimento que dura apenas entre 18 e 24 meses. Atualmente, as empresas levam de três a quatro anos para colocar um carro na estrada quando começam do zero.
O problema de agir dessa maneira é que os custos são muito altos. Até agora, os fabricantes evitavam esse tipo de processo porque obter a peça exata implicava despesas enormes. Dependendo do número de retificações feitas ao longo do caminho, é possível que uma única peça custe até quatro milhões de dólares. Claro que, uma vez obtida a referida peça, a rapidez do processo pode compensar o investimento.
Nesse caso, conseguir que toda a parte inferior do carro seja sustentada por uma única peça dispararia os custos, já que a complexidade e o número de correções a serem feitas são muito maiores. Por isso, a Tesla está confiando o desenvolvimento a empresas que fabricam peças com impressão 3D em areia. Eles garantem que o processo envolve apenas um investimento de 3% em relação ao que seria o mesmo gasto com peças metálicas para a obtenção do protótipo inicial.
A outra grande dificuldade é, curiosamente, o vazio de algumas peças. Os fabricantes usam espaços vazios dentro de algumas de suas peças para economizar peso, tornando essas máquinas enormes muito difíceis de usar. A solução acontece, segundo Reuters injetando areia no interior dos moldes, que posteriormente é retirada e deixa o vácuo desejado em seu interior.
Mas, por enquanto, a empresa ainda está trabalhando em uma liga de alumínio que se comporta da mesma forma em moldes de areia e moldes de metal, já que até agora eles reagiram de forma diferente e causaram erros na peça final que deve servir de protótipo.
Após todo esse processo de criação da peça, Tesla espera que o correções com o protótipo já desenhado no metal são mínimos ou inexistentes, o que faria diferença no processo produtivo. Tudo isto é fundamental, sempre de acordo com Reuters para entrar no jogo dos carros elétricos mais baratos ou dos futuros robotáxis da empresa, cujos atrasos também vêm ocorrendo.
Em Xataka | Elon Musk prometeu que a Tesla investiria US$ 1 bilhão em IA. Seus próprios trabalhadores questionam isso
Foto | Tesla
Reescreva o texto para BR e mantenha a HTML tags