Já se passaram 20 meses desde que a Microsoft anunciou o acordo de compra da Activision Blizzard. Naquela época, ambas as empresas sabiam claramente que a operação de US$ 68,7 bilhõeso maior da história da indústria de videogames, estaria sujeito à aprovação de vários reguladores internacionais.
O que provavelmente não imaginavam é que duas das principais organizações de mercado lhes dificultariam muito o caminho, obrigando-os a fazer concessões para diluir as preocupações monopolistas e, sobretudo, a prolongar o prazo de fecho para evitar o colapso do negócio. Agora, finalmente, estaríamos diante do desfecho dessa história.
Data chave: 13 de outubro de 2023
Embora não haja comentários oficiais, a mídia especializada The Verge, com base em comentários de pessoas ligadas ao assunto, aponta que os criadores do Xbox pretendem fechar a compra da Activision Blizzard próximo dia 13 de outubrodeixando assim franquias como ‘Call of Duty’, ‘World of Warcraft’, ‘Diablo’ e outras.
Este movimento muito importante estaria pronto para se concretizar após uma longa batalha que teve como principais protagonistas a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) e a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA), o que teve impacto nos termos originais do acordo.
As mudanças foram diversas, mas podemos citar algumas das mais importantes. Primeiro, as partes concordaram uma extensão de 90 dias para fechar o negócio. Em princípio, a Microsoft e a Activision Blizzard deveriam fechar o acordo até 18 de julho para evitar enfrentar as consequências da quebra do contrato.
Certamente que não foi possível respeitar esse prazo, pelo que ambas as empresas concordaram em prorrogar o prazo até 18 de outubro. Aqui, precisamente, teve um papel fundamental a atuação da CMA, que havia bloqueado a operação no início do ano, mas que estava aberta a uma reestruturação para avançar.
A CMA, recorde-se, concluiu que a compra da Activision Blizzard daria à Microsoft uma vantagem competitiva decisiva no espaço de jogos na nuvem. Segundo esta conclusão, o regulador britânico não iria permitir a operação em nenhuma circunstância. A resposta de Redmond foi se desfazer dos direitos dos jogos em nuvem.
E não foi uma concessão pequena. A reestruturação do acordo impedirá a Microsoft de lançar jogos da Activision Blizzard exclusivamente no Xbox Cloud Gaming e, se isso não bastasse, não poderá controlar as licenças dos títulos em plataformas de nuvem rivais. A responsável por tudo isso será a Ubisoft.
O que se segue nesta novela é a resolução final da CMA após o reestruturação do acordo. Se tivermos em conta as declarações das fontes consultadas pelo The Verge, tudo parece indicar que o acordo pretende ser fechado já na próxima semana, concretamente, no dia 13 de outubro.
A tudo isto, refira-se, a FTC mantém-se firme na sua posição de rejeitar a operação. No entanto, o regulador americano tem uma forma de operar diferente da britânica: para que as suas medidas entrem em vigor, devem passar por um tribunal federal. E, neste caso, sofreu vários contratempos que a impediram de bloquear a fusão.
Imagens:Microsoft | Nevasca da Activision
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