Ang Lee foi, por muito tempo, um dos grandes experimentadores da imagem na Hollywood de alto orçamento dos anos noventa e início de dois mil. Depois de sucessos como ‘Tigre e Dragão’, obteve reconhecimento de crítica e bilheteria com ‘A Vida de Pi’, e levou a qualidade de imagem ao limite com o pouco visto ‘Billy Lynn’ (o primeiro longa-metragem da história com uma taxa de quadros 120 quadros por segundo, formato 3D e resolução 4K UHD).
Lee queria dar um passo adiante com ‘Gêmeos‘, que acabou de chegar na Netflix (e você também pode assistir no SkyShowtime). Ele não apenas repetiu com o altíssimo taxa de quadros de 120 quadros por segundo (o que obviamente você não conseguirá desfrutar de streaming), mas sim contou com sofisticados efeitos digitais que levaram Will Smith a enfrentar uma versão rejuvenescida de si mesmo. O resultado: um fracasso retumbante de bilheteria com apenas 174 milhões de dólares arrecadados de seu orçamento de 138 milhões, o que levou a Paramount a perder cerca de 111.
Em ‘Gêmeos’, um assassino do governo decide se aposentar quando completar cinquenta anos. Mas antes disso ele terá que enfrentar um clone muito mais jovem de si mesmo. É um ponto de partida que circula pelos escritórios de Hollywood desde 1997, com diretores como Tony Scott, Curtis Hanson e Joe Carnahan associados ao projeto, e com atores como Harrison Ford, Mel Gibson e Sean Connery também a bordo.
Parecia um sinal do futuro fracasso de bilheteria do filme (que manteve Lee longe das câmeras desde seu lançamento em 2019), mas ‘Gêmeos’ tem alguns aspectos redentores interessantes. Para começar, suas ótimas sequências de ação, loucas e frenéticas como a perseguição de motocicleta nas ruas de uma cidade colombiana. E para continuar, pelos seus interessantes efeitos digitais, que embora não possam evitar completamente o vale misterioso, são eficazes quando se trata de apresentar um Will Smith que parece ter acabado de sair de ‘Um Maluco no Pedaço’.
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