É a notícia do dia: Xiaomi quer acabar progressivamente com o MIUI para dar lugar ao HyperOS. Sabemos deste novo “sistema operativo” que terá uma presença maior do código próprio da Xiaomi, embora o essencial Esta nova ROM continuará a ser baseada no Android. A priori, uma espécie de HarmonyOS com o objetivo principal de criar um sistema unificado entre os diversos dispositivos da empresa.
Não será uma tarefa simples. A Xiaomi enfrenta vários desafios difíceis de resolver se quiser criar uma plataforma de peso. É um movimento que faz mais sentido do que nunca, especialmente tendo em conta que o carro elétrico da Xiaomi chegará em 2024. Telemóveis, relógios, dispositivos domésticos… ligar tudo com HyperOS não será tão fácil.
O que acontecerá com MIUI. É a primeira questão que surge. A Xiaomi afirma que o HyperOS substituirá progressivamente o MIUI, por isso espera-se que, tal como aconteceu com o EMUI e o HarmonyOS, os dispositivos com MIUI possam atualizar para a nova ROM.
Isto significa inevitavelmente que MIUI e HyperOS terão que compartilhar boa parte do código. Se a Xiaomi quiser se diferenciar com esse movimento, deverá dar um passo além em relação ao que a Huawei deu. Atualmente EMUI e HarmonyOS são praticamente indistinguíveis, algo que a Xiaomi deve evitar se quiser que este movimento faça sentido.
Em celulares relativamente modernos não deve haver problema: todos os Xiaomi que possuem ciclo de atualização pendente estariam na lista de compatíveis com HyperOS. Caso contrário, poderemos ver uma versão mais recente da MIUI (MIUI 15) para tentar fechar o círculo. Em celulares mais antigos o cenário não parece tão bom, embora a Xiaomi seja uma das fabricantes mais conhecidas por atualizar a camada de personalização mesmo em aparelhos com anos de idade.
Torne-o compatível com outros dispositivos. Se a Xiaomi deseja que o HyperOS seja compatível com a maioria de seus dispositivos, ela precisa de um pouco mais de consistência em seus lançamentos. Alguns relógios Xiaomi têm seu próprio sistema java, outros estão começando a optar pelo WearOS, outros continuam a funcionar melhor com aplicativos Zepp do que com os próprios Xiaomi…
Durante anos, a Xiaomi teve wearables e diferentes produtos de ecossistema sob sua marca e sob empresas aliadas. Resta saber como um dispositivo básico como uma Smart Band é integrado ao HyperOS, dadas as limitações do sistema operacional que esses dispositivos possuem. Fabricantes como Apple, Samsung ou Google apostam em sistemas completos (em dispositivos muito mais ambiciosos a nível de software e hardware, é preciso dizer), para que esta integração a nível de software seja maior.
Android é Android. Embora alguns fabricantes queiram atiçar seu próprio sistema operacional, essas propostas ainda são modificações do Android, com seus prós e contras. A Xiaomi trabalha neste projeto há anos e tudo aponta para modificações mais profundas no sistema em comparação com as vistas na MIUI. Apesar disso, continuaremos com os telefones Xiaomi baseados em Android, com aplicativos rodando em formato APK e todas as funções que conhecemos muito bem.
HyperOS e monetização. Desenvolver software é caro e o preço que a Xiaomi coloca nele na Europa é a publicidade. Mesmo os dispositivos mais avançados têm seu quinhão de bloatware e anúncios bastante intrusivos em aplicativos do sistema. Não é nenhum segredo que MIUI é a ROM com maior carga de publicidade no momento e aquela com mais threads próprios rodando em segundo plano.
A virada para o europeu. Com ou sem software asiático, a Xiaomi venderá muito em Espanha e na Europa por uma simples razão: a sua qualidade-preço. Apesar disso, a Xiaomi enfrenta o desafio de criar um ecossistema atrativo para o consumidor europeu. MIUI é uma ROM com fortes conotações asiáticas e aplicativos próprios voltados para esse mercado (música, papéis de parede pagos, etc.).
Existem poucas indicações no momento de que o HyperOS seja uma ROM que orienta-se para uma UI mais ocidental, mas esta é uma grande oportunidade para a Xiaomi alcançar o que muitos de nós pedimos há anos.
Imagem | Xataka
Em Xataka | MIUI 14: 38 funções e truques para aproveitar ao máximo a versão Android dos telefones Xiaomi
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