Spotify entra na onda de demissões que ganha força na reta final do ano, depois de algumas previsões econômicas pouco esperançosas para 2024. O serviço de streaming anunciou a demissão de 1.500 pessoas na terceira rodada de demissões até agora neste ano.
Os motivos das novas demissões foram revelados em comunicado da empresa assinado por seu CEO Daniel Ek. “Para alinhar o Spotify com nossos objetivos futuros e garantir que estamos no tamanho certo para os desafios futuros, tomei a difícil decisão de reduzir nossa força de trabalho total em aproximadamente 17% em toda a empresa.”
A empresa já havia reduzido sua força de trabalho em 6% em janeiro, o que significou o despedimento de cerca de 588 colaboradores. Em junho a empresa sueca teve de aplicar uma segunda ronda de despedimentos que afetou 2% dos colaboradores que ainda permaneciam na sua divisão de podcasts.
Com esta última ronda, a empresa pretende reduzir mais 17% o seu quadro de pessoal, regressando aos níveis que tinha entre 2020 e 2021, data em que contratou novos quadros para dinamizar as divisões de Podcast e criação de conteúdos exclusivos. Porém, o gestor confirma que o cenário atual é bem diferente.
Como Daniel EK reconheceu à BBC: “A verdade é que algumas coisas funcionaram, outras não”.
“Presumo que, para muitos, uma redução desta dimensão parecerá surpreendentemente grande, dado o recente balanço positivo. Debatemos fazer reduções menores em 2024 e 2025. Mas considerando a diferença entre o estado do nosso objetivo financeiro e os custos operacionais atuais, Decidi que uma ação substancial para ajustar custos era a melhor opção”, afirma Daniel EK no comunicado oficial publicado pelo Spotify.
As demissões se devem a um cenário geral de vendas com tendência de queda. Depois do desastre financeiro do ano passado, em que o serviço de streaming perdeu 228 milhões de euros, a empresa parecia colher os primeiros sinais verdes da recuperação econômica, com um lucro de 34 milhões de dólares no terceiro trimestre do ano, mas é um aumento insuficiente para enfrentar um 2024 que promete ser um desafio financeiro para a empresa.
A empresa começará a informar os funcionários afetados na próxima segunda-feira, e eles receberão cerca de cinco meses de verbas rescisórias, férias e cobertura de assistência médica durante o período de rescisão.
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Imagem | Spotify