A Mozilla que conhecemos dos últimos anos vai dar um novo toque à sua estratégia. A empresa por trás do icônico navegador Firefox anunciou cortes e uma reorientação da sua estratégia conforme publicado TechCrunch.
A chegada de Laura Chambers como nova CEO interina, substituindo Mitchell Baker, no início deste mês, precipitou estas mudanças, não apenas na organização, mas também na estratégia de produto a longo prazo.
De volta a uma estratégia que não foca na diversificação
Essas configurações implicam redução do investimento em diversos produtos e encerramento de outros. Os serviços Mozilla VPN, Relay e Online Footprint Scrubber, parte do Mozilla Monitor Plus lançado na semana passada, todos voltados para a preservação da privacidade online, verão os recursos que lhes são atribuídos reduzidos; assim como o investimento na instância Mastodon do mozilla.social.
Por outro lado, os Hubs, o mundo virtual 3D que a Mozilla lançou em 2018, serão fechados diretamente. Estas medidas vão implicar o despedimento de cerca de sessenta colaboradores, algo que Mark Gurman avançou em Bloomberg.
Olhando para o futuro, Mozilla terá foco na integração de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial no Firefox. Para isso, reunirá as equipes que hoje trabalham no Pocket, serviço de armazenamento de leitura online, e no Content, equipe criada em 2013 para gerar conteúdo para sua comunidade de usuários, além de IA e ML.
Esta abordagem marca um regresso ao Firefox, um navegador que tem perdido progressivamente quota de mercado nos últimos anos, mas continua a ser a principal fonte de rendimento da Mozilla.
A diversificação do seu portfólio de produtos, estratégia que marcou a empresa nos últimos anos e foi defendida como a chave para a sua sobrevivência a longo prazo, está agora a ser insultada em favor de uma nova etapa com recursos focados no seu navegador. Os serviços independentes no domínio da segurança e da privacidade também vêem o seu investimento reduzido em favor do compromisso com a IA generativa.
Para esta nova etapa podemos esperar uma Mozilla mais ágil e focada naquele que sempre foi seu grande protagonista, o Firefox, além da aposta em ferramentas baseadas em IA como parte da experiência do navegador. Agora resta saber se isto servirá para travar uma crise que se tornou crónica.
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Imagem em destaque | Xataka com meio da jornada.