Estamos a caminho de uma década desde a estreia de ‘Star Wars A força desperta‘ (que você pode conferir no Disney+) e seu impacto, para o bem ou para o mal, ainda não começou a se dissipar. Em grande parte porque a Disney não permite: a franquia ‘Star Wars’, criada por George Lucas em 1979, continua gerando bons dividendos, e a prova é que desde então recebemos mais dois filmes e meia dúzia de séries inspiradas na franquia.
Há uma razão clara para isso: a Disney investiu tanto dinheiro neste filme que ele se tornou o filme mais caro da história. Os últimos cálculos falam de 533,2 milhões de dólares, num investimento que procurou aproveitar os 4.000 milhões que a Disney gastou na aquisição da Lucasfilm três anos antes.
Como o preço pode ser tão preciso? Para poupar custos, a Disney produziu-o no Reino Unido, o que lhe permitiu reembolsar, graças a benefícios do governo do país, 25% das despesas efectuadas em solo britânico. Uma enorme vantagem, mas com uma contrapartida: a produção é muito mais auditada do que se o investimento fosse inteiramente privado. Outro caso curioso dentro da Disney é o dos filmes dos Vingadores ‘Guerra Infinita’ e ‘Ultimato’, cujos gastos chegam a 1,2 bilhão de dólares, mas como foram produzidos juntos não é possível determinar quanto foi gasto cada um. Possivelmente, e com o cálculo debaixo do braço, um deles (ou ambos) custou mais que ‘O Despertar da Força’.
É claro que esse esforço industrial foi ofuscado por aquele lado negro da Força que é o fandom tóxico: todos esses anos não apagaram da nossa memória a espetacular resposta negativa dos fãs que não toleravam uma mulher forte estrelando sua franquia. A rejeição rendeu à Disney a reputação de produtora “acordada” que não se dissipou até hoje, por mais ridículas que essas acusações possam ser para qualquer pessoa familiarizada com a trajetória profundamente conservadora do estúdio. Um impacto que, em todo o caso, não conseguiu erodir o imenso significado industrial que teve esta produção de 2015.
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