Os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin tiveram um lançamento particularmente tímido e o aumento esperado no valor da criptomoeda não ocorreu naqueles primeiros momentos. Mas se naqueles primeiros dias o impacto parecia nulo, agora as coisas mudaram, porque o bitcoin está numa tendência de alta que não se via há mais de dois anos.
ETFs são incentivados. Ontem, segunda-feira, o volume de movimentações em ETFs e na compra e venda de bitcoins Foi notável: O grupo de fundos bateu seu recorde com US$ 2,4 bilhões em volume de negócios, superando ligeiramente o volume do lançamento desses fundos em 11 de janeiro, mas dobrando o volume ocorrido em média após esse evento. Isso teve um efeito poderoso.
Bitcoin quase em US$ 57.000. A criptomoeda, que estava abaixo de US$ 52 mil na semana passada, começou a subir de forma constante e chegou perto de US$ 57 mil, patamar que não era alcançado desde novembro de 2021 e que mais uma vez consolida a tendência de alta da criptomoeda.
aumentos contagiosos. Como normalmente acontece, a valorização do bitcoin se espalhou para outras criptomoedas e segundo o CoinMarketCap, nas últimas 24 horas, a alta de 10,39% do bitcoin é acompanhada pela alta de 6,41% do Ethereum (agora em US$ 3.250), os 9,76%. de Solana, 4,81% de Ripple (XRP), e ainda aumentos em memecoins como Dogecoin (11,46%).
Mas também há perdedores. Quem apostou que o bitcoin iria cair de valor e fez shorts nessa criptomoeda está perdendo muito dinheiro: US$ 150 milhões nas últimas horas, segundo o CoinDesk. Mesmo assim, há quem espere que a volatilidade tradicional do bitcoin faça com que esta moeda volte a cair significativamente em breve. Como sempre, impossível saber.
O sentimento do mercado é positivo. Analistas como Alex Adelman, fundador da Lolli, indicaram que “os principais movimentos de preços estão sendo impulsionados pelo sentimento positivo do mercado e pelas entradas persistentes de ETF de bitcoin”. Além disso, destacou ele, este “aumento decisivo do bitcoin sinaliza o início de fato de um novo mercado altista”
Reduzindo pela metade à vista. E há outro fator que pode estar influenciando essa alta: a proximidade do halving do bitcoin, que em ocasiões anteriores já provocou aumentos significativos de valor. Potenciais cortes nas taxas de juro nos EUA também favorecem criptomoedas como o bitcoin – investimentos de risco oferecem uma recompensa potencialmente mais elevada (mas também perdas, claro) – e tudo parece estar a contribuir para esta tendência.
A União Europeia, totalmente contra. Entretanto, uma nota recente do BCE mostrou a posição do Banco Central Europeu. Seus responsáveis enfatizam que a aprovação de ETFs nos EUA “não muda o fato de que o Bitcoin não é adequado como método de pagamento ou como investimento”. Os responsáveis pelo relatório indicam que como o bitcoin não oferece fluxo de caixa ou outros retornos, “o valor justo de um ativo é zero”. Falam em manipulação de preços e até destacam que o bitcoin “financia o mal”, mas no momento essas acusações não parecem estar afetando o interesse pela criptomoeda.
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