Parece que não nos bastamos com o impacto de bilheteria que ‘Duna: Parte Dois’ teve. O universo criado por Frank Herbert em sua lendária série de romances vive uma existência renovada que vai além dos filmes de Villeneuve. Não é mais só que teremos um spin-off na HBO que irá mergulhar na história da Bene Gesserit. Acontece que também teremos um novo videogame, um MMO de sobrevivência que promete se tornar um dos itens essenciais de 2024.
Desde que foi anunciado pela primeira vez na Gamescom 2022 (“queríamos lançar antes do primeiro filme”, diz o diretor criativo Joel Bylos), ‘Dune: Awakening’ vem fazendo os fãs salivarem há meses. Não é à toa: o legado de Arrakis nos videogames é simplesmente lendário, já que a franquia estabeleceu as bases da estratégia em tempo real com ‘Dune II: Battle for Arrakis’. Mas este título da Funcom quer ir mais longe.
Com este jogo, a Funcom pretende destilar tudo o que aprendeu sobre o gênero multiplayer online com jogos como o popular ‘Anarchy Online’, mas injetando nele os detalhes de sobrevivência que fizeram seu maior sucesso até agora, ‘Conan Exiles’, popular. Deste último você herdará acima de tudo a mecânica de sobrevivência e criação de ferramentas.
Assim como no jogo bárbaro, o jogador começará com nada mais do que as roupas do corpo e terá que criar seu próprio nome e habilidades. Em breve você terá a oportunidade, também como em ‘Conan Exiles’, de criar um grupo para acompanhar e ajudar o jogador. No caso de ‘Dune: Awakening’, este grupo pode fazer parte de uma das duas grandes facções do jogo, os Harkonnen ou os Atreides (mais uma terceira que não será revelada até o lançamento).
História e política
De ‘Conan Exiles’ a Funcom também quer recuperar a sua forma de abordar uma franquia já consagrada: é o que a Funcom chama de “história alternativa”, e que permitirá combinar mecânicas típicas dos MMOs de sobrevivência (construir bases, caçar, criar equipamentos) com detalhes típico do universo ‘Duna’. Por exemplo, um desses recursos será a especiaria, a droga que faz transcender as percepções de quem o utiliza e esse será, sem dúvida, o recurso mais valioso que se pode encontrar em Arrakis.
Mas os detalhes que caracterizam os romances e filmes que mais interessam à Funcom vão além de um recurso momentâneo: o estúdio quer, assim como os livros, ‘Dune: Awakening’ estar encharcado de política, aliás, a Funcom descreve seu desenvolvimento como “sobrevivência política”. ” Bylos explica que “você ganha votos no Landsraad [el concilio de las Grandes Casas] atingir objetivos para diferentes delegados. A questão é que ambas as facções [Harkonnen y Atreides] Eles querem esses votos. A ideia é que um dos delegados peça que você dê a ele 10 mil quilos de tempero, e ambas as facções tenham que sair para coletá-los.”
Porém, existem certas limitações: o sistema político não é aberto, portanto o jogador não poderá construir suas próprias Grandes Casas, como em um sandbox ou em um RPG com certa profundidade de opções. Novamente, as possibilidades limitadas obrigam o jogador a escolher uma facção que esteja lutando e lutando por recursos escassos. É uma forma de simplificar a história original, aprendida em ‘Conan: Exiles’ e sua reformulação das histórias de Robert E. Howard de olho na mecânica, e que mostra que a Funcom pensou muito bem o que quer fazer com Arrakis e tudo o que o planeta de areia tem dentro.
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