A Advanced Micro Devices queria seguir os passos da NVIDIA, que há anos vende chips na China, mas há meses só consegue fazê-lo com chips especiais e recursos mais limitados.
A empresa liderada por Lisa Su não quer perder essa oportunidade. Já tinha preparado os seus chips “capped” para poder vendê-los na China, mas encontrou um grande obstáculo: em Washington não os deixam porque dizem que afirmam que Eles ainda são muito poderosos.
Isso significa que a AMD precisa solicitar uma licença do Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA. Segundo a Fortune, não está claro se a empresa de semicondutores tenha solicitado tal licença.
O temor, assim como no caso dos chips NVIDIA, é que esses processadores acabem permitindo que a China avance rapidamente no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial que, por exemplo, lhes ofereçam uma vantagem competitiva no campo militar.
O presidente Joe Biden já implementou controlos às exportações tecnológicas em 2022 e reforçou-os em Novembro passado para vetar ainda mais desenvolvimentos tecnológicos e cortar vendas a países intermediários que poderiam então vender chips mais potentes ao gigante asiático.
Naquela altura, o CEO da AMD indicou que estes controlos de exportação não teriam impacto na empresa no curto prazo, mas a ascensão da IA tornou a empresa agora mais agressiva e tenta não desperdiçar esta oportunidade.
Na verdade, a AMD lançou sua nova família de chips MI300 para competir com as soluções NVIDIA e, segundo fontes próximas ao desenvolvimento, a empresa já possui uma versão específica da China chamada MI309. Não está claro se chegou a acordos com gigantes como Tencent ou Baidu – que acumularam chips NVIDIA para evitar controles de exportação – e não se sabe no momento como esse obstáculo afetará os planos da AMD na China.
Entretanto, sim, empresas como a Huawei estão a criar os seus próprios chips especializados na área da IA e, juntamente com a SMIC, posicionaram-se como um trunfo para a indústria chinesa de semicondutores. Um trunfo, sim, que também tem os seus desafios.
Imagem | Meio da jornada
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