Se você viu ou não ‘Contatos Imediatos de Terceiro Grau’, a obra-prima de 1977 sobre contatos alienígenas dirigido por Steven Spielberg, com certeza já ouviu falar dele. Especificamente, você já ouviu as cinco notas musicais com as quais humanos e alienígenas se comunicam, e que, assim como toda a trilha sonora do filme, foi composta por John Williams. Porém, Spielberg trabalhou de perto com Williams para encontrar exatamente as cinco notas que simbolizariam o contato.
Spielberg se baseou parcialmente, um ano antes das filmagens começarem, nas teorias da teoria musical, um método de aprendizagem musical que permite cantar a leitura de uma partitura com a voz, a fim de aprimorar a técnica de leitura e execução. Inicialmente Williams propôs uma sucessão de sete notas, mas não se encaixava na ideia de Spielberg, que queria algo mais parecido com uma “simples saudação”.
Williams então contratou um matemático para calcular o número de combinações potenciais de cinco notas que poderiam ser feitas em uma escala de doze. O resultado foi impressionante: 134.000 possibilidades. Dentre elas, Williams selecionou cem que tinham algum sentido musical e as estudou profundamente com Spielberg até encontrar uma combinação que os convencesse.
O resultado não é apenas um momento icônico no cinema, mas diz muito sobre nossa relação com a música: a intuição de Spielberg foi acertada, pois na música dificilmente há interpretações equivocadas, ao contrário da linguagem ou das imagens. Uma melodia alegre, triste ou ameaçadora soa da mesma forma universalmente em qualquer cultura, e Spielberg e Williams souberam encontrar a melodia perfeita para dizer “olá”.
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