Para muitos leitores, é o melhor romance de um mestre absoluto do suspense como Patricia Highsmith, também autora de ‘Strangers on a Train’ ou de inúmeras histórias onde demonstrou um talento muito especial para o macabro e o humorístico misantrópico. Ou toda a saga Ripley, é claro, que durou cinco excelentes romances. O mais popular (e mais adaptado) é o primeiro, ‘The Talented Mr. Ripley’, que agora vem em uma nova versão, ‘Ripley‘, exibido na Netflix.
Em ritmo lento porque esta série de Steven Zaillian (criador do magnífico ‘The Night Of’) leva o seu tempo, nesta era em que todas as séries têm que ter um mínimo irritante de reviravoltas e surpresas por episódio para que o espectador não ‘ Não fique entorpecido para nos contar a história de Ripley. E faz sentido, porque a história de Ripley é a história de um enigma, um homem indefinido mas em quem residem os impulsos mais perversos, que entra na vida daqueles que o rodeiam como uma gota de sangue que cai num copo de água cristalina. Espalhando-se aos poucos, quase imperceptivelmente, até contaminar tudo.
‘Ripley’ se concentra nas aventuras de Tom Ripley, um pequeno vigarista que é contratado pelo pai rico de um jovem frívolo para viajar à Itália para encontrá-lo e devolvê-lo às suas obrigações como herdeiro. Fazendo-se passar por um velho amigo, Ripley Você descobrirá que inveja, além de desejar e precisar fazer parte dessa vida. de luxo e despreocupado.
Os dois elementos que a caracterizam e a distinguem das adaptações anteriores combinam perfeitamente com a série. Por um lado, a preocupação com a estética (a começar por aquele preto e branco que é mais do que uma referência aos tempos do preto), com uma narrativa repleta de planos detalhados que dão uma textura quase literária à série. Por outro lado, o ritmo muito lento, que permite a um magnífico Andrew Scott recriar-se na sua composição de Ripley, cheia de arestas, detalhes e contradições, mais profundas do que em qualquer adaptação anterior.
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