Existem muitas espécies de animais, plantas e fungos ao nosso redor, cada uma com um nome único. Às vezes, o nome vai além do ser e é o que dá notoriedade ao animal ou planta. Foi o que aconteceu com a espécie de lagartixa recentemente descoberta.
Geco anão estrelado de Van Gogh. A nova espécie de lagartixa descoberta em Tamil Nadu, no sul da Índia, foi nomeada Cnemaspis vangoghi, ou a lagartixa anã estrelada de Van Gogh em homenagem ao pintor pós-impressionista holandês. Ou melhor, em homenagem a uma de suas pinturas, A Noite Estrelada.
O motivo está na aparência física do animal, já que sua pele é predominantemente azul, pontilhada por manchas claras de tons amarelos. As lagartixas do gênero Cnemaspis geralmente são de tamanho pequeno: no caso das espécies recém-descobertas, os exemplares medem cerca de 3,4 centímetros.
“Cnemaspis vangoghi” Foi nomeado em homenagem ao pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), uma vez que a coloração marcante da nova espécie lembra uma de suas pinturas mais icônicas, A Noite Estrelada”, explicou Ishan Agarwal, membro da equipe, em um comunicado de imprensa responsável pela descoberta.
Na selva tâmil. A nova espécie foi descoberta em 2022 na parte sul da cordilheira de Western Ghats. Esta região de selva está localizada no extremo sul do subcontinente indiano, no estado de Tamil Nadu.
“Tamil Nadu é um estado excepcionalmente biodiverso e esperamos nomear mais de 50 novas espécies de lagartos quando terminarmos.” [con nuestras expediciones]!” Agarwal exclamou. “Também recebi mais de 500 picadas de pulgas durante aquela viagem de verão, com uma das maiores densidades nas florestas secas de alta altitude de Srivilliputhur, onde a nova espécie foi encontrada.”
Cnemaspis vangoghi sim Cnemaspis sathuragiriensis. Embora ainda não cheguem perto de 50 espécies, a lagartixa de Van Gogh não foi a única espécie descoberta e batizada pela equipe após a expedição. Em artigo publicado na revista ZooKeys os responsáveis pela descoberta descreveram duas novas espécies de lagartixa: C. vago sim C. sathuragiriensis.
Ambas as espécies habitam altitudes baixas, entre 250 e 400 metros acima do nível do mar, nas florestas caducifólias de Srivilliputhur, conforme explicaram os responsáveis pela sua descoberta. São diurnos e sua atividade concentra-se nas horas mais quentes da manhã e da noite.
Dezenas de espécies para descobrir. Até agora, só neste ano, podemos contar centenas de potenciais descobertas de novas espécies subaquáticas anunciadas por equipes de biólogos que exploram ecossistemas de águas profundas. Mas o fundo do oceano não é o único local pouco explorado onde ainda podemos encontrar novas e fascinantes espécies de animais e plantas.
Encontrar e catalogar as espécies que ainda nos escapam vai além da mera curiosidade científica. Conhecer essas espécies pode nos permitir saber mais sobre a evolução da vida em nosso planeta e nos oferecer informações muito importantes sobre a genética de outras espécies. Informações que um dia poderão nos ajudar, por exemplo, a criar novos medicamentos.
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Imagem | Akshay Khandekar/Vincent Van Gogh