As vendas de smartphones já vinham em queda há algum tempo, mas parecia que a Apple estava aguentando a tempestade e de fato encerrou 2023 com uma notícia fantástica: foi a fabricante que mais vendeu celulares ao longo do ano, superando até a Samsung. Três meses depois, as coisas dão errado para os de Cupertino. E muito.
O que aconteceu. Segundo dados publicados pela IDC, as vendas móveis aumentaram 7,8% globalmente no primeiro trimestre de 2024. Há otimismo na recuperação do mercado, pois como apontam os seus analistas, é o terceiro trimestre consecutivo no que as vendas são incentivadas e crescem.
Samsung recupera o trono. As notícias são boas para o mercado em geral, mas há vencedores e perdedores claros no terreno. A Samsung é uma delas: a empresa recuperou o primeiro lugar em número de terminais vendidos, 60,1 milhões. Um em cada cinco celulares vendidos no mundo nos primeiros três meses do ano era da Samsung. Mesmo assim, o número é ligeiramente inferior ao alcançado há apenas um ano, 60,5 milhões.
Apple entra em crise. A surpresa negativa vem da Apple, que caiu nada menos que 9,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Isto coloca-a novamente em segundo lugar em termos de número de telemóveis vendidos, mas também faz com que perca quota de mercado. A queda vertiginosa das vendas na China tem sido a razão determinante para estes maus resultados.
Trimestre espetacular para Xiaomi. No entanto, os resultados mais espetaculares em termos de crescimento são para duas empresas. A primeira delas é a Xiaomi, que consegue crescer 33,8% em unidades vendidas, mas curiosamente seu sucesso se encontra fora da China: lá seus terminais foram vendidos 7% menos que no primeiro trimestre de 2024.
E ainda mais espetacular para a Transition. Ainda mais marcante é o crescimento da Transsion, fabricante chinesa que está conquistando o continente africano e que aos poucos vai se expandindo para outras regiões. Segundo a IDC, as suas vendas quase duplicaram (crescimento de 84,9%), o que a fez ultrapassar a OPPO (que vendeu menos 8,5%) e posicionar-se como o quarto fabricante a nível mundial.
Huawei ressurge na China. Embora não apareça nos resultados do IDC, a Huawei também se destaca em vendas no gigante asiático, e já ocupa o segundo lugar em share. Segundo dados da consultoria Counterpoint, a Huawei cresceu nada menos que 64% em vendas e ganha força apesar do veto que sofre há anos.
Em Xataka | A China quer tornar-se completamente independente dos sistemas operacionais ocidentais. E o HarmonyOS é a sua grande aposta