Rios de tinta correram recomendando quais países têm os melhores restaurantes, as melhores pensões e até mesmo os países europeus com os cidadãos mais felizes. Mas ninguém vai falar sobre as diferenças salariais que existem entre os países que compõem a Europa?
Na vasta tapeçaria da economia europeia, os salários médios pintam um quadro de diversidade e complexidade. Hoje, mergulhamos numa análise detalhada dos ganhos por hora em todo o continente, através de um gráfico criado por VisualCapitalista com base nos dados que o Eurostat tornou públicos há poucos dias. Nele você pode ver claramente como o poder de compra dos cidadãos varia drasticamente, separados apenas pela linha que marca uma fronteira.
Aqui já não importa se o país tem o maior número de milionários a viver no seu território ou se as suas cidades se tornaram refúgios de ouro para milionários. O salário médio por hora Reflete, em média, o rendimento que os empregados recebem pelo seu trabalho.
Quanto é cobrado por hora trabalhada na Europa
É paradoxal que um dos mais pequenos países do continente seja aquele que tem os maiores salários médios. Estamos a falar do Luxemburgo, que graças a basear a sua economia nos serviços financeiros tem um dos salários médios mais elevados, com 47,2 euros por hora.
Não é surpreendente porque, apesar da sua pequena dimensão, o Grão-Ducado tem o PIB mais elevado da Europa, segundo dados do Fundo Monetário Internacional.
Seguem de perto os países escandinavos, com a Dinamarca em segundo lugar com um salário médio de 42 euros por hora, seguida da Noruega com 41,7 euros, e da Islândia com 39,5 euros por hora trabalhada, ocupando o quarto lugar na tabela.
A Finlândia fica para trás neste grupo, caindo para a nona posição com 30 euros por hora.
O salário médio por hora na Europa é de 24 euros por hora que colmata a diferença salarial que existe entre a Suécia, que com 26,3 euros está no décimo segundo lugar, e a Eslovénia com 21,9 euros, que é a próxima da lista.
Temos de descer à décima quinta posição da tabela para encontrar a Espanha que, com 18,2 euros, fica a meio caminho entre a Itália (21,5 euros) e Chipre (16,3 euros). Espanha ocupa posição central na tabela graças aos sucessivos aumentos do SMI e ao aumento dos salários registados nos últimos anos, que evitaram ficar na retaguarda das economias europeias.
Da mesma forma, a visualização dos dados do Eurostat mostra a diferença salarial que existe entre os países do norte e do oeste da Europa, em comparação com os que compõem o sul e o leste do continente, refletindo diferenças no desenvolvimento económico e na riqueza resultantes da geopolítica da sua recente passado marcado pela Cortina de Ferro.
Países cujas economias foram gravemente prejudicadas pela influência soviética, como a Bulgária registra o salário médio mais baixo da Europa com 8,1 euros por hora, precedida pela Roménia com 10,4 euros, pela Letónia com 10,7 euros ou pelos 11 euros e 11,9 euros da Hungria e da Polónia respetivamente.
O gráfico também destaca os desafios de política económica que a Europa enfrenta no estabelecimento de quadros regulamentares comuns quando as realidades económicas dos seus cidadãos são tão diferentes.
Em Xataka | Os países que mais trabalham estão longe de ser os que mais ganham. A prova está neste gráfico
Imagem | VisualCapitalist. com