Fenômenos anômalos não identificados (o que costumávamos chamar de OVNIs e agora a NASA chama de UAPs) têm sido um tema quente hoje, graças a várias investigações sobre o assunto encomendadas por várias administrações dos EUA. Administrações como a agência espacial norte-americana NASA, que hoje publicou os resultados do maior estudo sobre o assunto de que temos conhecimento.
O que diz o relatório? Pouco não sabíamos. O relatório encomendado pela NASA a uma comissão independente de especialistas é mais um roteiro do que uma compilação de eventos anômalos (embora também estejam presentes no relatório).
Uma das principais conclusões é que, embora os instrumentos geridos pela agência espacial, satélites e telescópios de vários tipos, não estão concebidos para a identificação e resolução destes fenómenos anómalos. Melhorar as capacidades dos instrumentos da agência, calibrar os sensores dos seus instrumentos ou multiplicar o número de medições realizadas, podem ser formas pelas quais a NASA poderá contribuir para a resolução destes fenómenos anómalos no futuro.
“A frota de observatórios de satélites da Terra da NASA deve desempenhar um papel de apoio na determinação das condições ambientais que coincidem com os UAPs”, afirma o relatório em um de seus pontos.
E os UAPs? O que torna um fenômeno anômalo não identificado é precisamente o fato de não sabermos o que ele é. E se alguém esperava que este relatório resolvesse algo como visitação alienígena, terá que esperar.
O relatório cita vários casos, alguns deles já abordados pela Força Aérea dos EUA. Dois desses exemplos foram resolvidos como aviões comerciais. Outro UAP mencionado no relatório, que parece ser uma esfera metálica observada por um drone MQ-9 num local no Médio Oriente, permanece sem solução.
O relatório mais esperado? Há cerca de um ano, a NASA organizou uma comissão independente para realizar o maior estudo institucional sobre OVNIs até hoje. Com um orçamento de US$ 100 mil e prazo de nove meses (já se passaram 15 desde que tomamos conhecimento do assunto) o relatório gerou então grande expectativa.
Entretanto, temos vindo a acumular provas de como os Estados Unidos começaram a levar a sério a quebra do sigilo em torno desta questão. O Pentágono, especificamente a Força Aérea do país, é o outro ramo da administração com muito a dizer sobre o assunto.
A resposta do establishment militar a esta nova transparência foi o Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO), um departamento dedicado ao estudo de anomalias como UAPs, também criado em 2022. A NASA e a AARO algumas vezes chamaram a atenção para a necessidade de cooperação entre ambas as agências, a fim de esclarecer o máximo possível destes fenómenos.
Esquentando motores. A questão das hipotéticas visitas alienígenas ao nosso planeta teve outros lados. Por exemplo, os militares que testemunharam há dois meses no subcomitê da Câmara dos Representantes dos EUA dedicado aos OVNIs. Declararam então que o Governo dos Estados Unidos não só tinha provas da visita de inteligência extraterrestre ao nosso planeta, mas também que tinha tecnologia extraterrestre em sua posse.
Algo semelhante aconteceu há poucos dias na Câmara dos Deputados mexicana, embora neste caso o ufólogo Jaime Maussan tenha participado da reunião com o corpo legislativo com várias cópias do que declarou serem corpos de alienígenas.
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Imagem | PANELA
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