Não consigo pensar em outra maneira de descrever esta estreia no Disney+ senão um pequeno milagre. Um filme conciso, direto e sem diálogos (tipo – você não – ouve) que tem mais ideias visuais e ousadia em suas abordagens do que a maioria dos lançamentos que foram vistos nas telonas este ano. ‘ninguém vai te salvar‘é ficção científica e terror escapista em sua forma mais pura, e sua própria existência merece celebração imediata.
Nele conheceremos uma jovem que mora isolada de um bairro que a separou por algo ocorrido há algum tempo. Ela não precisa de ninguém, sozinha na casa onde cresceu, rodeada de maquetes fascinantes que reproduzem a própria cidade em escala reduzida. Uma noite, Ruídos estranhos a acordam: são intrusos vindos de outro planeta. e isso a faz se armar de engenhosidade para proteger seu espaço.
Com este ponto de partida podemos falar de um invasão de domicílio com um componente alienígena, e no primeiro terço do filme é assim. Não teremos mais complicações do que agarrar os códigos do gênero e abraçá-los plenamente: uma garota sem outros recursos além da coragem, enfrentando monstros que a superam em força e número. Essa simplicidade conceitual será mantida ao longo do filme, mas haverá mudanças de cenário, descobriremos detalhes do passado do protagonista e a escala do confronto aumentará.
E tudo isso sem palavras (veja o roteiro: há páginas que são uma obra de arte em si) e transbordando de imaginação: o desenho dos alienígenas, a virada para os ultracorpos e um final talvez discutível, com um ponto enigmático, mas coerente com a audácia que o diretor e roteirista Brian Duffield (que já dirigiu outra maravilha lenta, ‘Espontânea’ para a Netflix) parece carregar com todo o orgulho do mundo. A estreia em streaming da semana, do mês e além.
Cabeçalho: Disney+
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