Nintendo Foram 11 anos sem lançar um ‘Super Mario Bros.’ em 2D, daquele distante ‘New Super Mario Bros. U’, o quarto episódio que fechou esta última e lucrativa encarnação do encanador e sua fauna fora dos ambientes 3D. Parecia a última palavra no gênero nativo de Mario, e não é nenhuma surpresa: a mecânica quase não mudou desde a fundação de ‘Super Mario Bros.’. do NES, e é lógico que a Nintendo não quis espremer mais do que o necessário um jogo (um conceito, quase) adorado por gerações de fãs.
Tivemos a oportunidade de experimentar a surpreendente (foi anunciada há apenas alguns meses) nova aventura do Mario para Switch, ‘Super Mario Bros. Wonder’, e embora tenha sido apenas uma demo para alguns níveis, a sensação é puro Mario 2D: cada salto, cada plataforma, cada inimigo é um golpe nas ideias pré-concebidas que temos sobre a franquia. Está aqui aquela sensação especial dos bons jogos Mario, em que a cada momento o jogo pode desviar para novas provas e desafios. É puro Mario clássico.
E como um bom ‘Mario’ clássico, tudo começa com um mapa para escolher os cenários. A partir daí, situações, objetos e inimigos reconhecíveis: canos, passeios pelas nuvens, moedas, cogumelos… Já há algum tempo, cada novo ‘Super Mario’ é quase um catálogo de ingredientes comuns que já sabemos como se comportarão e como eles reagirão à nossa presença. Desta vez, porém, em ‘Wonder’, a Nintendo joga com mais frequência do que o habitual para decepcionar as nossas expectativas.
E fá-lo principalmente com a Flor Maravilha: encontraremos uma em cada nível, e terão efeitos diferentes (embora sempre iguais dentro de cada nível). A psicodelia e o descontrole invadirão os níveis quando você os pegar, e teremos canos que rastejam, inimigos que adquirem um tamanho enorme e destroem todo o cenário, debandadas que teremos que montar, chuvas de estrelas e imunidade momentânea. Cada nível de ‘Super Mario Bros. Wonder’ incluirá uma dessas flores, garantindo surpresas contínuas.
Tudo diferente para que tudo continue igual
Esta é apenas a nota alta de cada nível, mas ao longo do caminho a Nintendo garante que não há uma única decisão que não tenha um efeito surpreendente. E tudo com o design delicioso, acessível e intuitivo habitual dos jogos Marioquase um cânone de como ensinar um jogo sem a necessidade de longos tutoriais ou distintivos secundários: recompensas que indicam caminhos, convites à experimentação sem punição, elementos naturais (água, gravidade, movimento) que possuem comportamentos lógicos… como sempre, uma master class em teoria dos videogames.
Parte disso, e também parte do compromisso da Nintendo com a surpresa e a diversão alegre, tem o Power-ups O que os personagens podem ganhar. Ora são transformações em animais (já provamos o elefante todo-poderoso), ora em ferramentas (vimos a tampa de perfuração, muito útil para abrir novas rotas, mas também para nos deslocarmos ao nível do solo, numa funcionalidade divertida que brinca com a ideia de espaços abertos no espaço mais fechado possível), às vezes insígnias. Estes podem ser equipados um de cada vez na personagem que escolhermos e dão uma componente estratégica simples mas bem-vinda à acção.
Finalmente, o multijogador. Jogamos um jogo para quatro, e embora a atração óbvia seja muito clara (jogos familiares, sem riscos – os Yoshis e outros personagens, se escolhidos, são imortais-), também Há uma certa tendência ao caos que já existia no ‘New Super Mario Bros..’ e isso pode acabar sendo opressor. Claro, agora as possibilidades foram delineadas desta forma para que alguns jogadores não possam brincar. Não há competição nesta viagem.
E talvez essa seja a desvantagem inevitável que pode ser colocada em ‘Super Mario Bros. Wonder’: é tremendamente acessível, foi desenhado ao milímetro para que qualquer pessoa possa entrar e jogar. É claro que a Nintendo não permitirá que seu IP mais famoso afaste ninguém, mas talvez o jogador insensível ou qualquer pessoa que queira um desafio equivalente a um antigo ‘Super Mario World’ tenha que procurar outro lugar. Talvez nas encarnações 3D? Isso não é nada além de diversão para toda a família. Claro, diversão não adulterada nem um pouco.
Cabeçalho: Nintendo
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