Mudança de cenário no oceano
Os Estados Unidos estão vendo um afrouxamento do seu domínio em uma das frentes mais estratégicas, os submarinos. Graças a modelos como os da classe Virginia ou Ohio, os Estados Unidos mantiveram por anos o controle sobre as águas, permitindo-lhes observar com cautela a China. A equação era simples: os navios americanos eram silenciosos e difíceis de localizar para os chineses, que, por sua vez, estavam condenados a utilizar navios barulhentos. No entanto, a China avançou na tecnologia subaquática e já há quem defenda que a era do domínio dos EUA sobre a China está chegando ao fim.
Nos últimos meses, a China divulgou notícias sobre os avanços na tecnologia subaquática, reduzindo o fosso entre as potências. A China está desenvolvendo um submarino nuclear de mísseis balísticos (SSBN) Tipo 096 que tornará mais difícil para as marinhas ocidentais rastrearem seus navios. Além disso, a China quer fortalecer a capacidade de detectar submarinos inimigos, implantando o ambicioso projeto denominado “Grande Muralha Subaquática” no Mar da China Meridional.
Além disso, a China flexibilizou sua força naval, realizando exercícios anti-submarino e avançando no estudo de sistemas de propulsão e tecnologia de detecção. A cooperação entre China e Rússia também gera preocupações sobre uma possível transferência de tecnologia avançada. Contudo, especialistas alertam sobre a importância da força naval submarina em um potencial confronto entre os EUA e a China.
Apesar dos avanços da China, os Estados Unidos ainda mantêm a liderança em aspectos cruciais na tecnologia submarina. No entanto, o novo cenário também destaca as deficiências dos EUA em sua própria frota, o que coloca em questão o futuro do domínio naval americano na região.