Está cada vez mais difícil inovar na telefonia móvel. Tanto é que o hardware começa a ocupar um papel cada vez menos central e os desenvolvimentos de software são o destaque. O Samsung Galaxy S24 Ultra é o melhor exemplo, uma das implementações de IA mais fortes no território dos smartphones.
Durante sua análise percebi uma prática cada vez mais comum por parte dos fabricantes: não indicar de forma alguma como utilizar algumas das funções mais interessantes do aparelho.
“Círculo para pesquisar” é uma das funções em que o Google mais aposta. Seu método de ativação? Pressione e segure a barra de controle de gestos muito fina do telefoneum gesto que, a menos que alguém nos diga, provavelmente nunca faríamos.
Algo semelhante acontece quando abro a câmera e encontro um modo “Pro” que se esconde, desde que naveguemos nas configurações gerais da câmera e ativemos o formato, fotografando em RAW. Um RAW que “colide” com outro submodo dentro dos modos de câmera: Expert RAW. Ninguém me explica qual a diferença entre um e outro, para que servem.
Samsung não está sozinha, outros fabricantes como a Apple não ficam muito atrás. Salvando o comportamento tedioso das configurações dos aplicativos nativos, que não estão nos próprios aplicativos, mas nas configurações do sistema, descobrimos que as melhores funções estão bastante ocultas.
Um exemplo um tanto “bobo” que sempre tenho que ativar é o bloqueio do equilíbrio de branco. Isso permite que o telefone não altere constantemente o tom do vídeo que gravamos para ajustar o equilíbrio de branco à cena. Onde está? Nas configurações – câmera – gravar vídeo – última configuração após os formatos.
Algo semelhante acontece com uma das funções que mais viralizou nas redes: tocar na parte traseira do celular para realizar ações. Um recurso útil encontrado como…recurso de acessibilidade. Não é a primeira vez que tal proposta é revertida, aliás, o gesto aéreo do Apple Watch nasceu também como função de acessibilidade e acabou por ser uma das funções mais publicitadas, com a sua correspondente e necessária instrução orientada em WearOS.
Funções úteis, curiosas e marcantes que ficam escondidas no sistema, esperando que o usuário encontre uma forma de ativá-las. Se o software pretende ser o grande trunfo dos smartphones, algo precisa mudar.
Imagem | Xataka
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