‘The Walking Dead’ é, não importa o que digamos, uma franquia com enorme potencial. O complexo e imenso mundo que apresentou nas suas primeiras temporadas acabou por se esgotar, mas a sua fórmula de pequenos microcosmos que replicam vícios e virtudes da sociedade desaparecida, mas em pequena escala, enquadra-se com As bases fundadoras dos filmes mortos de George A. Romerosua principal referência.
Infelizmente, a fórmula se esgotou devido ao foco cada vez maior nas complicadas relações entre os personagens e ao quase completo esquecimento dos mortos. Não é que gostemos apenas de sangue e podridão, é também que os mortos são uma parte essencial desta metáfora de que “um mundo povoado por zumbis é quase o mesmo que um sem eles”. Tão essencial, na verdade, que a franquia só teve que apresentar alguns spin-offs originais o suficiente para que os recebêssemos como uma bem-vinda lufada de ar fresco.
Cidades Mortas e outros spin-offs
No momento, Existem inúmeras séries em andamento derivadas do principal ‘The Walking Dead’. O mais antigo, ‘Fear of the Walking Dead’ termina este ano, em setembro, já durou oito temporadas e começou como uma alternativa retratando uma família disfuncional, mas terminou como um típico spin-off. ‘World Beyond’ durou duas temporadas e focou em jovens protagonistas. ‘Tales of the Walking Dead’ tem formato de antologia, elenco impresso e no momento nenhuma segunda temporada (nem cancelamento) foi confirmada. E no início de 2024 está previsto ‘Aquele que Vive’, que contará a história de amor entre Rick e Michonne.
Restam os dois mais interessantes, que acabam de chegar às nossas telas. ‘The Walking Dead: Dead City’ pode ser visto na íntegra na Espanha no AMC+ e é mais voltado para a ação graças ao destaque de um dos vilões mais queridos da série: Negan, a quem se junta outra velha conhecida, Maggie. A série não escondeu, desde o início, suas exibições à la ‘1997: Rescue in New York’ de seu material promocional, porque a trama também coincide com a sua.
Vários anos após o fim de ‘The Walking Dead’, Os dois anti-heróis viajarão para uma Manhattan pós-apocalíptica em busca do filho sequestrado de Maggie, pelas mãos de um vilão que tem ligações comuns com o passado de Negan. A cidade em ruínas é o cenário perfeito para uma aventura hiperviolenta que se afasta dos ambientes rurais que marcaram grande parte da série principal. O seu benefício é que tem uma história contida e o cenário extraordinário, que dá origem até às suas boas cenas de ‘Mad Max’.
Daryl Dixon viaja pela Europa
O novo spin-off da franquia, também novidade no AMC+, acaba de lançar um primeiro episódio bastante promissor. Nele, outro dos heróis mais queridos da série principal chega à França, dando continuidade ao destino que ‘The Walking Dead’ lhe trouxe. Ele quer voltar para os Estados Unidos, mas primeiro decide ajudar uma criança quase milagrosa a chegar ao seu destino que pode ter consigo o segredo para reconstruir o mundo.
Na verdade, parece ‘The Last of Us’: um homem determinado, relativamente à margem da sociedade reconstruída após um apocalipse, concorda em escoltar uma “garota mágica” em uma jornada perigosa cujo objetivo é a própria salvação da civilização fraca que tenta renascer com muita dificuldade. Obviamente, a coincidência é semi-casual (a série e ‘Daryl Nixon’ coincidiram no tempo, mas o videogame Naughty Dog é muito anterior… e antes disso, o tropo da acompanhante de viagem é bem conhecido no mundo. fantástico gênero, ‘Willow’ vem à mente, sem ir mais longe).
De qualquer forma, Daryl Nixon tem personalidade própria, e funciona bem sob os códigos de ‘The Walking Dead’. Temos um futuro violento, um herói que aceita bobagens e alguma esperança camuflada sob um monte de personagens coadjuvantes tentando sobreviver neste mundo desolado. Talvez seja mais dependente em tom e estilo da série original do que ‘Dead City’, mas a ambientação na França e o estilo seco e direto, além da expansão do tradição da franquia com novos tipos de mortos nos faz pensar que ‘The Walking Dead’ também é um daqueles mortos que veremos andando por aí por muitos anos.
Cabeçalho: AMC +
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