Não há melhor maneira de chamar a atenção e destacar as mensagens do que com um registro. O fabricante sueco de barcos elétricos Candela sabe disso e por isso acaba de anunciar com grande alarde o novo recorde que alcançou com o seu modelo C-8, um barco futurista de 8,5 m de comprimento com o qual navegou 420 milhas náuticas em apenas 24 horas. horas, a maior distância percorrida até hoje num dia com um navio com essas características. Os dados são importantes. E, acima de tudo, é importante a mensagem que Candela quer transmitir: “O transporte rápido e elétrico por água em longas distâncias é viável hoje, não num futuro distante”.
E para quem duvida, ele tem um argumento eficaz: um recorde.
O que aconteceu? Que o fabricante sueco de barcos Candela acaba de atingir um recorde com o seu modelo C-8: percorrer 420 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 778 quilómetros, em apenas 24 horas. Segundo a empresa, ninguém havia percorrido distância semelhante aos comandos de uma embarcação elétrica como a sua e no mesmo dia. A própria Candela lembra que o recorde anterior é bem menor, apenas 79 milhas náuticas (146 km) em 20 horas.
Como eu faço isso? Graças a uma combinação de fatores: a capacidade do próprio Candela C-8, a valiosa ajuda do fabricante da bateria Northvolt e do fornecedor de carregamento Plug e o design do próprio teste. Vamos por partes.
De todas estas peças, a que rouba a cena é sem dúvida o C-8, um barco eléctrico de 8,5 metros de comprimento e 2,5 metros de largura feito em fibra de carbono e equipado com bateria de 69 kWh e motor Cadenla C. -Pod (45/50 kW). Sua grande peculiaridade, porém, é a forma como se movimenta: o C-8 é um hidrofólio elétrico projetado para “deslizar na superfície da água” em vez de “atravessar as ondas”, o que lhe permite um contato mínimo com a água.
E além da Candela C-8? Embora a capacidade do C-8 tenha sido fundamental para quebrar o novo recorde, Candela não foi o seu único protagonista. Outras duas empresas participaram da façanha: a fabricante de baterias Northvolt e a fornecedora de estações de recarga Plug, também interessadas em mostrar o potencial dos barcos elétricos e como poderão ser as futuras redes de carregamento rápido DC. Meses atrás a Candela também fez parceria com a montadora sueca Polestar, pensando justamente nas baterias e no carregamento do C-8.
Como você alcançou o novo recorde? O teste foi realizado num circuito entre Frihamnen (Estocolmo) e a ilha de Tynningö, trecho de 20 milhas náuticas que o Candela C-8 foi responsável por percorrer em loop durante 24 horas. De vez em quando, o barco fazia paradas para usar o carregamento rápido DC. A CleanTechnica especifica que cada carga demorou 18 minutos, tempo que permitiu que a bateria passasse de 13 a 66%. Ao longo do dia o barco teria estado a carregar durante um total de 313 minutos e recebeu perto de 615 kWh, números que agora valorizam os responsáveis pelo feito.
“O recorde de 420 milhas náuticas custou 120 euros em eletricidade, enquanto um barco convencional movido a combustível fóssil teria consumido um combustível no valor de cerca de 1.400 euros”, afirma Candela. A empresa destaca ainda que um navio convencional, movido a combustível, teria emitido cerca de 1.785 quilos de dióxido de carbono ao longo do percurso de 420 milhas náuticas, muito, muito mais do que os 17,4 kg que os seus técnicos atribuem ao seu modelo eléctrico C8.
Temos mais dados? Sim. A empresa sueca garante que a velocidade média durante a viagem de 24 horas foi de 17 nós, marca que inclui pausas para carregamento da bateria. Durante a maior parte do tempo em que o C-8 esteve em movimento, ele se moveu a 27 nós. “Com um corredor de carregadores DC poderíamos ter percorrido as 240 milhas náuticas de Estocolmo a Helsínquia em 13 horas, três horas mais rápido que o ferry finlandês”, afirma a empresa.
A nova marca é importante? É claro que Candela não demorou a apresentá-lo como um exemplo do potencial dos barcos elétricos. “Essa façanha mostra que o transporte rápido e elétrico por água em longas distâncias é viável hoje, e não em um futuro distante”, afirma Gustav Hasselskog, diretor da Candela e que foi um dos pilotos que assumiu o controle do C-8.
“Com um investimento relativamente modesto, poderiam ser construídas estações de carregamento para eletrificar completamente o transporte marítimo no arquipélago de Estocolmo. Por algumas centenas de milhões de euros, uma rede de carregamento que abrangesse o transporte costeiro de passageiros na Europa seria uma realidade”.
Imagens: candela
Em Xataka: Sempre tivemos petroleiros e petroleiros. Agora temos X: ele literalmente transporta eletricidade
Reescreva o texto para BR e mantenha a HTML tags