Já se passaram pouco mais de dois meses desde que Sam Altman lançou o Worldcoin. Desde então, mais de dois milhões de pessoas foram cadastrados no sistema. Para isso, escanearam sua íris em um dos Orbs metálicos distribuídos em vinte países, confiando assim seus dados biométricos.
Altman, que também é líder da empresa de inteligência artificial (IA) OpenAI, afirma que o projeto busca “lançar uma rede financeira e de identidade global baseada em provas de humanidade”. Este objectivo ambicioso, no entanto, encontrou alguns obstáculos relacionados com a privacidade.
Worldcoin, sob o microscópio no Quênia
Em agosto, o Quénia decidiu interromper a atividade da Worldcoin no seu território. Essa decisão veio depois de mais de 350,00 registros e o alerta das autoridades locais de que a plataforma apresentava riscos potenciais à segurança pública. Foi a primeira medida desse tipo.
O Gabinete de Protecção de Dados do Quénia solicitou então à Worldcoin que fornecesse informações sobre medidas de segurança e privacidade relacionadas com os dados recolhidos. Além disso, questionou a legalidade dos “incentivos financeiros” do sistema para o registo dos utilizadores.
A Worldcoin, lembre-se, fornece tokens gratuitos para usuários que se registram. E, para se cadastrar, é necessário passar pelo scanner de íris, sistema que serve para verificar “indivíduo único”. Em outras palavras, um mecanismo de segurança que funciona como identificador de identidade.
Depois de paralisar a actividade da empresa, o Quénia formou uma comissão parlamentar composta por 15 legisladores para investigar mais aprofundadamente. Agora, de acordo com a Reuters, o comitê solicitou a suspensão das operações da Worldcoin no país até que regulamentações mais rígidas sejam implementadas.
Desta forma, o grupo de legisladores solicitou à Autoridade de Comunicações do Quénia que desabilitar plataformas virtuais da Tools for Humanity Corp e Tools for Humanity GmbH Alemanha (Worldcoin). Da mesma forma, solicitou a suspensão da presença física do escritório até que o quadro legal seja atualizado.
O comitê acredita que é necessário desenvolver uma nova regulamentação em relação aos “ativos digitais e prestadores de serviços virtuais”, e que no contexto atual o Worldcoin não deveria funcionar. O relatório final, porém, ainda não foi divulgado. Será apresentado na Câmara dos Deputados e colocado em votação “em data posterior”.
imagens: Worldcoin
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