Alemanha, Países Baixos, Dinamarca e Suécia. Não é preciso pensar muito para entender por que a NIO escolheu esses países para iniciar sua jornada com o carro elétrico na Europa.
Os três primeiros países estão entre os 10 com os rendimentos mais elevados de toda a Europa. A Suécia, porém, bate às portas deste seleto clube. Acordam também na incorporação do carro eléctrico na vida quotidiana dos seus cidadãos. Com a Alemanha na liderança, esta tecnologia tornou-se uma opção escolhida por mais de 20% dos compradores.
Estas são duas informações que explicam claramente porque é que a NIO se lançou nestes mercados ao desembarcar na Europa. Esta empresa chinesa está comprometida com veículos elétricos Prêmio. Entre o seu incentivos garantem que podem oferecer automóveis com ampla autonomia com amplo equipamento tecnológico, centrado sobretudo nas ajudas à condução.
Contudo, a sua chegada ao nosso continente não está a produzir os resultados esperados. No primeiro semestre de 2023, só conseguiu colocar no mercado pouco mais de 800 unidades. O número cresceu para 1.619 unidades nos primeiros nove meses do ano, segundo Força de dados. As entregas, portanto, vêm acelerando, mas, de acordo com Notícias automotivas a empresa segue preocupada com o andamento das vendas.
A sua solução é trazer a Europa Vaga-lume e Alpes, submarcas que visam um mercado mais acessível e que esperam ser a chave para o aumento das vendas. Após meses de rumores, o desembarque foi confirmado. A Espanha, portanto, pode ser um dos mercados-alvo.
Por que a Espanha é um dos objetivos
Há quase um ano, em fevereiro de 2023, a NIO abriu as portas à chegada das suas submarcas mais acessíveis à Europa. E naquela porta aberta um nome escapou pela fresta: Espanha. Nosso país, junto com Itália e Françaparecia um dos mercados escolhidos.
O movimento fazia todo o sentido e foi se fortalecendo ao longo dos meses. Se olharmos para os veículos eléctricos mais vendidos em Espanha, o MG4 Electric, o Dacia Spring e o Fiat 500e são os escolhidos por quem não quer (ou não pode) comprar um Tesla Model 3 ou Model Y, absolutamente reis do mercado espanhol.
As vendas, portanto, foram divididas em uma faixa média-alta dominada pela Tesla e pelo acesso. Nesse meio tempo, ninguém ofusca os modelos mencionados acima. Isso dá asas (trocadilho intencional) para Firefly ter um de seus principais objetivos.
A NIO confirmou que Firefly chegará ao nosso continente em 2025. Neste momento não foram especificados mercados mas há muito que rumores apontam Espanha como um dos países escolhidos. E faz muito sentido se pensarmos também que esta submarca será a gama de entrada da NIO.
Além da Firefly, a NIO também confirmou que a Alps também pousará na Europa, embora, neste caso, o faça no terceiro trimestre de 2024. Esta submarca é escolhida para se posicionar como nível intermediário. Em Reuters Eles destacam que seu CEO, Lihong Qin, resumiu seu posicionamento de mercado ao transmitir a ideia de que NIO, Alps e Firefly oferecerão veículos como a Toyota e a Lexus oferecem.
A estratégia, se olharmos para o mercado espanhol, pode ser mais parecida com a do grupo Volkswagen. Embora todas as suas marcas ofereçam carros de quase todos os tamanhos, poderíamos dizer que a Firefly jogaria na liga da gama de entrada do grupo (Skoda), a Alps numa etapa intermédia (Volkswagen) e a NIO no segmento Prêmio (Audi).
Com o carro elétrico, este tipo de estratégias também muda ligeiramente. Em vez de oferecer veículos todos os tipos de tamanhos Tal como a Volkswagen pode fazer com as suas diferentes marcas, Lihong Qin garantiu que a Firefly se concentrará no lançamento de veículos mais pequenos, enquanto a Alps apostará em opções maiores, pensadas para famílias. Se você quer o melhor e o maior, terá que recorrer à NIO.
A NIO enfrenta agora uma expansão que pode ser crucial para o seu futuro. Reuters Já alertava no início de 2023 que a NIO perdia milhares de euros por cada unidade vendida e que a viabilidade da empresa era posta em dúvida caso não conseguisse reduzir custos. Recentemente anunciaram a demissão de 10% do seu quadro de funcionários e já avisaram que não serão os últimos, pois almejam crescer com maior presença de robôs e utilizando inteligência artificial para suas tomadas de decisão.
A questão é se a chegada destas empresas, que aspiram a jogar em grandes volumes, não será tardia. A Europa está a considerar incomodar as marcas que vêm da China e ter feito nome antes, como a MG conseguiu e a BYD quer fazer, pode ser fundamental se, no futuro, a União Europeia aumentar os preços dos carros vindos da Ásia país. .
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Foto | NIO