No dia 18 de novembro, um grande rastro cobriu todo o céu visto por milhares de espanhóis. Principalmente do País Basco, mas visível a centenas de quilômetros. Este fenômeno causou grande confusão porque sua origem era desconhecida. Depois de vários dias considerado um OVNI (objeto voador não identificado), sua origem foi finalmente descoberta: tratava-se de um teste da Direção Geral de Armamentos (DGA) francesa do lançamento de um míssil nuclear M51 descarregado lançado a partir da sede de Biscarrosse.
Conforme explicado pelas forças armadas francesas: “o míssil foi monitorizado durante toda a sua fase de voo” e que “a zona de precipitação radioactiva está localizada no Atlântico Norte, a várias centenas de quilômetros de qualquer costa”. Embora se tratasse de um míssil nuclear “sem carga” e de os compromissos internacionais terem sido “estritamente respeitados”, as palavras do comunicado não deixaram parte da população tranquila.
Um míssil caiu na Espanha e não aparece nos radares
Um cidadão quis saber mais detalhes sobre este míssil e solicitou informações através do portal da Transparência do Ministério das Relações Exteriores. A resposta veio em dezembro passado e em vez de eliminar qualquer dúvida, a resposta levantou mais questões sobre este assunto.
A questão do cidadão, segundo La Razón, era saber se as autoridades espanholas tinham sido informadas do lançamento deste míssil e qual o nível de radioactividade que estava em causa. A primeira resposta foi sim, de fato. A França notificou “através dos canais militares habituais”. Não era um OVNI como se pensava, mas era conhecido.
Contudo, também foi respondido que não havia “informação relativos à detecção do míssil por radares, à radioactividade ou à futura realização pela França de testes nucleares ao largo da costa espanhola, aspectos que fogem à competência deste ministério.” Ou seja, a França tinha dado o aviso, mas do estrangeiro eles não tinham detalhes para comunicar.
O próximo passo foi consultar o Exército Aéreo e Espacial. A resposta do segundo chefe de gabinete foi que “uma vez realizadas as verificações correspondentes,Não há registo de radar relacionado com o pedido. A França lançou um míssil ao largo da nossa costa, mas Oficialmente, nenhum dos radares militares detectou esse lançamento que foi visto por milhares de espanhóis.
Ainda não há explicação para este míssil, além das informações fornecidas pela França. O debate sobre esta questão coincide com o desenvolvimento de novos mísseis V-Max pela França. Último Junho, A França testou com sucesso estes novos mísseis hipersônicosjuntando-se a um seleto clube de países detentores desta tecnologia militar como Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Índia e Coreia do Sul.
Os mísseis V-Max são capazes de atingir Mach 5 (mais de 6.000 km/h) e sua interceptação por radares é mais complicada. Precisamente um dos testes bem sucedidos destes mísseis V-Max foi de Biscarrosse.
Imagem | DGA
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